sábado, 25 de maio de 2013

Use Somebody

Eu sou uma idiota.
Essa é a única explicação que eu tenho para ser apaixonada por um garoto que não vejo há cinco anos.
Eu ainda não acredito que estou fazendo essa viagem só pra vê-lo (formalmente para visitar minha família).
- Preparar para aterrissagem.  – Uma voz feminina informou pelos alto-falantes.
Suspirei. Agora não tem mais como voltar atrás. SUA IDIOTA!
Demorou alguns minutos até estar em terra firme. Peguei minhas malas e corri para encontrar meu primo que iria me buscar no aeroporto.
Engulo em seco quando avisto um homem alto, de cabelos louros encaracolados. Meu estomago se revira como se houvesse borboletas tentando sair.
Pare com isso! Falei para mim mesma. Você não é mais uma menina. Não tem o direito de se sentir como uma.
Ele finalmente me reconheceu e abriu um sorriso que fez meu coração se contrair. Sorri bobamente e ele veio em minha direção. RECOMPONHA-SE! Gritei mentalmente para mim.
- Pequena Sadie! – Ele gritou para mim passando um braço em torno do meu pescoço. Envergonho-me de me dizer que derreti em seus braços.
- Não tão pequena assim, tenho 19 anos. – Ele assobiou e arregalou os olhos surpreso.
- Nossa, tanto assim? Eu lembro quando você veio aqui na primeira vez tinha o que? 12 anos?
- Na verdade, 14. – Sorri – E você tinha 18. Enfim, cadê o Luke?
- Ele teve alguns problemas e me pediu para buscá-la. – Ele sorriu mais uma vez. – Você não se importa, não é?
- Estou radiante. – Sorri sarcasticamente.
Merda.

- Vamos, Sadie! Não quero chegar lá tarde. – Kristie, a namorada do meu primo me chamou no andar de baixo.
Passei mais uma camada de rimel e finalizei a maquiagem com um batom vermelho nos lábios. Perfeito.
- Já estou indo – Gritei de volta.
Coloquei as sandálias de salto e desci as escadas.
- UAU – Kristie falou pra mim. – Luke, você disse que sua prima era uma menininha. Mas ela é um mulherão.
Sorri para ela em agradecimento.
- O que você está falando, a Sadie é uma menininha... – Ele finalmente olhou para mim e arregalou os olhos. – O que você fez com a minha priminha?
- Luke – Gritei e pulei em seus braços. Como sou filha única nunca tive um relacionamento de irmãos, mas acho que o que eu tinha com Luke era o que eu tinha de mais parecido.
- Garota, quanto tempo não te vejo. Qual foi a ultima vez que esteve aqui.
- 5 anos – respondi. – Você poderia aparecer em Nova York alguma vez, também.
Ele não respondeu. Porque alguém entrou pela porta. Alguém com os cabelos louros encaracolados e os olhos verdes mais angelicais que eu já vi.
- Marco! – Luke o saudou.
O olhar de Marco imediatamente parou em mim e me analisou. Corei e desviei o olhar como uma adolescente assustada. Brilhante!
- Cadê Hayden? – Kristie perguntou. Marco finalmente tirou os olhos de mim e fitou Kristie.
- Ela não vem. – Ele deu de ombros.
- Quem é Hayden? – Perguntei curiosa.
- A namorada do Marco, – Kristie respondeu – quase noiva.
Marco voltou a olhar para mim.
- Não exagere, Kris.
Kristie riu.
- Qual é! Vocês estão juntos há 3 anos.
Ele ficou calado, assim como eu.
Eu não tinha direito de sentir ciúmes dele, ele nunca foi nada meu e eu nunca fui nada dele. Mas eu senti meu coração apertado mesmo assim. Meu rosto não transmitiu nada do que eu sentia por dentro.
- Bem, pelo menos a Sadie não vai ficar segurando vela. – Kristie deu de ombros.
O caminho para o clube foi silencioso, nós entramos rápido. O que foi ótimo porque tudo o que eu precisava era dançar.
- Vem, eu preciso ir pra pista. – Arrastei Kristie comigo.
Dançamos como se não houvesse amanhã. Dancei para esquecer o porque eu estava aqui e por quem eu viajei milhas de distancia.
Naquele momento só existiam meus movimentos. Meus braços levantados, meu quadril balançando, as mãos em minha cintura.
Espera um minuto.
Virei-me para dar de cara com um cara de pelo menos 1,80 de altura, musculoso, cabelos pretos e olhos azuis brilhantes.
Ele sorriu para mim, mas não era o sorriso que eu queria, não fazia meu estomago se contorcer em êxtase. Não era o sorriso de Marco.
- Logan – Gritou ele se apresentando.
Abri um sorriso.
- Sadie – Gritei de volta.
Uma musica romântica começou.
- Posso? – Perguntou ele.
Que se dane, para esquecer Marco pelo menos por hoje valia tudo. Ou quase tudo.
Acenei em afirmativa.
Ele me puxou pela cintura apertando-me contra seu corpo e encaixou o queixo em meu ombro.
Seu nariz roçou meu ombro nu e veio se aproximando pelo pescoço.
Eu sabia que ele queria me beijar. Mas Marco estava em meu pensamento como se ele tivesse enterrado lá.
Soltei um suspiro e olhei para Marco. Ele estava me encarando com raiva.
Que se dane! Ele tem uma namorada.
Logan agora estava com sua boca quase encostada na minha. Só um beijo não faria mal, não é?
Fechei meus olhos mas o beijo não veio, ao invés disso senti um puxão na minha cintura e fui colocada nas costas de alguém. Pensei que será Luke tentando me “proteger” de um predador. Qual foi a minha surpresa quando dei de cara com um Marco raivoso na minha frente?
- O que você pensa que está fazendo? – Gritou ele pra mim. Estávamos fora do clube, onde ninguém poderia nos ouvir.
- Me divertindo – Gritei de volta para ele, a minha raiva começando a florescer.
- Você estava sendo assediada!
Olhei para ele abismada.
- Não, não estava. Se ele quase me beijou foi porque eu quis!
- Você é uma menina, não sabe se defender.
- Não, eu sou uma mulher e sei me defender sim.
 Segurei seu pescoço e alavanquei meu joelho, parando milímetros antes de machucá-lo.
- Eu poderia deixá-lo estéril se eu quisesse. – Sussurrei para ele, nossos rostos estavam tão próximos que eu podia sentir sua respiração em minha bochecha.
- Vou voltar para dentro. – Avisei-o me desgrudando dele.
Ele não falou nada. Mas não me largou também.
Marco se aproximou e encaixou sua boca com a minha. Puxou forte minha cintura para que ficássemos o mais próximo possível.
Em pouco tempo eu já estava respirando com dificuldade.
- E a sua namorada? – Perguntei com a boca ainda colada a dele.
- Ela não precisa saber.
Mesmo estando em transe com os lábios do cara por quem eu era doida nos meus, minha mente gritava errado. Então reúni toda a força que tinha e empurrei-o. Ele respirava com dificuldade, assim como eu.
Ele deu um passo pra frente, institivamente procurando o que eu tinha tão bruscamente acabado.
Fiz sinal para ele manter distancia.
- O que diabos você pensa que está fazendo? – Gritei pra ele. Surpresa por minha voz estar tão energética e não o sussurro sem ar que eu pensei.
Marco olhou para mim confuso.
- Eu pensei que...
- Pensou errado. Você tem namorada.
- O que tem ela?
- Deus, como pode ser tão cara de pau?
- Eu não estou entendendo, você queria.
- Sim – Gritei para ele. – Mas é errado.
- O que tem de errado nos divertimos juntos?
Soltei uma risada.
- Isso, diversão. Eu não quero ser a diversão de uma noite de alguém, Marco, eu não quero ser descartável. Eu quero esquecer você, foi pra isso que eu vim. Eu não vou ser usada como brinquedo por você.
Virei-me e voltei para o clube deixando um Marco estupefato atrás de mim.
No final das contas era disso que eu precisava.
Um Encerramento.
Um ponto final.   

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Heartbreakers

Estou ficando louco, aliás, ela esta me deixando louco. Ela resiste a mim como nenhuma outra fez antes. É uma técnica de tortura. Ela está me torturando, e eu estou ficando cada vez mais louco.
Ela me dá pouco, se rende um pouco. Então quando eu penso que estou quase lá, quando estou prestes a fazê-la se entregar a mim de uma vez por todas. Ela me dá um sorriso diabólico e diz um simples “não vai rolar”. E me deixa sempre querendo mais, sedento pelos lábios dela, pela pele dela. Pela simples presença dela.
Quem diria que seria tão durona. Loba na pele de um cordeiro. Com seus olhos verdes esmeralda, sua pele branca e cabelo sempre em uma trança elaborada. Vestindo sempre uma saia, na medida pra não mostrar nada, mas deixando os caras loucos pra verem.
E eu achando que ela seria fácil. Mais uma na minha cama como todas as outras, afinal, eu tenho 18 anos, tenho o direito de me divertir. Mas ela não deixa, não deixa que eu me divirta com ela. Sempre tão pura, tão casta. Mas eu não desisto, sou um lutador, vou ter essa garota. Eu espero. Finalmente achei uma adversária a altura.
Chiara Jackson
***************
Ele é como todos os outros. Simples e puro instinto. Capaz de tudo para conseguir o que quer e capaz de usar as armas corretas para conseguir.
- Eu te amo, Chiara. – Mente ele olhando bem dentro dos meus olhos.
E como eu sei que ele está mentindo?
Seus olhos não mostram muita coisa, são nada menos que sinceros, já são muito bem treinados. Mas tem uma coisa, lá no fundo, uma centelha de algo que eu sou treinada para reconhecer, mesmo que muito bem disfarçada, como agora, desejo.
Eu gosto dessa parte, onde vejo o que eles querem em seus olhos, e me imploram com os mesmos, sempre querendo mais e eu sempre negando. É o meu estilo próprio de orgasmo. Mostrando como eu posso estraçalhá-los por dentro, assim como eles fazem com muitas de nós.
Aperto meu dedo indicador contra seus lábios. As mentiras que saem da sua boca não importam contra a verdade estampada em seus olhos claros e ao mesmo tempo escuros, ardendo de desejo.
- Calado – Sussurro.
E ele me obedece. Colando seus lábios aos meus de maneira nada suave, quase brutal, eu diria. Ele me encosta na parede me puxando para cima. Não tenho mais onde apoiar meus pés e para não cair acabo enrolando minhas pernas na sua cintura.
Ele vê isso como um sinal para subir ou descer as mãos demais pelo meu corpo, subindo sob minha blusa, direto para o fecho do sutiã, ou para baixo, direto para a minha saia.
Santo Deus, ele parece um polvo.
Por um segundo eu penso em desistir, em ceder pela primeira vez a alguém. Mas então lembro de seus olhos, da chama fervendo por baixo deles desde da primeira vez que nos vimos.
Abro os olhos subitamente e me desenrolo do seu corpo.
Ele olha pra mim ainda perdido em seus próprios sentidos. Um animal em sua essência.
- Não vai rolar.
Garotas cedem, garotos usam e jogam fora. Eu estou só fazendo o contrario, eu os levo ao limite e depois nego e quando estou cansada os jogo fora na lixeira de material não reciclável mais próxima.
Isso para mim é um jogo, presa contra predador, só que nesse caso os papéis são invertidos. Eu sou o predador e eles, a presa. Mas deixo que pensem o contrario.
Viro me preparando para deixá-lo sozinho.
Cade Halles não é adversário para mim, de qualquer maneira.
- Ah, não. Você não vai. – Escuto ele, baixinho. E de repente sinto uma pressão perto do meu cotovelo.
Tento me soltar, mas seu aperto só se restringe mais. Ele me joga contra a parede e segura meus pulsos em cima da minha cabeça.
Ele é 2 vezes mais alto que eu e um milhão de vezes mais forte. Eu sabia que meu jogo era perigoso. Devia ter percebido que ele não sucumbiria mais as minhas vontades e ter terminado com ele há muito tempo. Mas eu queria provar a mim mesma que conseguia levar até o final. Pelo menos dessa vez, por uma questão pessoal.
Cade namorou minha irmã quando ambos tinham 16 anos. E fez com ela o que fez com o resto, usou e jogou fora, deixando os estilhaços para minha família juntar.
Por isso eu comecei tudo isso, por isso eu comecei todo o meu treinamento, por isso deixei tantos garotos na mesma posição de Cade. Comecei por vingança, mas depois gostei. Gostei de me sentir no poder, gostei de acabar com eles.
Será que era isso que Cade sentia quando estraçalhava uma de nós? Eu conseguia entender, esse poder era viciante.
Chuto no único lugar que pode realmente machucar um homem. Ele arfa de dor e me deixa livre de seu aperto.
Só por alguns segundos.
Ele logo se recompõe e puxa meus cabelos.
- Vadia – Sua voz é dura.
Uma silhueta invade o local onde nós estávamos. Sinto esperança crescer dentro de mim.
- Socorro - Eu suplico para o desconhecido.
Em seguida Cade puxa meus cabelos com força e me leva ao chão. Já não vejo mais nada.
- Por favor, acorde. Por favor. – Suplicava uma voz desconhecida.
Gemi, sentindo a dor na minha cabeça.
- Graças a Deus você acordou.
Seu rosto está perto do meu agora, consigo sentir seu hálito de hortelã e ver seus olhos cor do céu.
- Ele machucou você?
Balanço a cabeça em negação, recebendo uma pontada de dor.
- Quem é você? – Consigo encontrar minha voz.
- Derek Malcolm – Responde ele me ajudando a levantar com um sorriso no rosto. – E você é?
Seus olhos, institivamente eu procuro aquilo que sempre aparece. Mas não está lá. A única coisa que vejo são a sua doçura e gigantesca preocupação para comigo.
- Chi-Chiara Jackson – Balbucio – E o Cade?
Seus olhos mostram uma raiva fumegante.
- Aquele imbecil não vai mais te machucar, eu prometo. Nem que para isso eu precise ser seu garda-costas pessoal. Vem, vou te ajudar a andar.
Parece que encontrei um adversário a minha altura. Eu mesma. E o jogo é não se apaixonar.
Olho em seus olhos mais uma vez, nada daquele desejo que todas as outras vezes eu vi.
Não sei se vou resistir, não sei se quero resistir. Não dessa vez. 

Eu sei, eu sei.
Podem me bater que eu estou merecendo.
Nunca mais postei aqui, mas deixem eu me explicar. É o seguinte, a internet hoje em dia está sendo monopolizada por blogs de beleza e tal, acho que não tem mais espaço para um blog como o meu. Assim como vocês podem achar que eu os abandonei eu falo o mesmo sobre vocês. Me sinto abandonada. Pronto, falei. Não vejo mais ninguém por aqui, o blog anda as moscas. Sei lá. Vocês meio que me abandonaram também. Além do mais não vejo mais nenhuma blogueira como eu por aí. Fico meio "será que isso ainda faz sentido, será que não seria melhor abandonar de uma vez por todas?" será mesmo?
Enfim,
Hope you like it,
xoxo,
Gossip Girl Ray

sábado, 14 de abril de 2012

Leia minha mente.

- Eu estou falando sério, Jennifer! – Sarah gritou para mim.
Revirei os olhos para o jeito dramático dela, eu amo Sarah, amo mesmo, mas às vezes ela exagera. Desde que a conheço, Sarah sempre levou um baita jeito para o drama, não é a toa que ela vai ser atriz.
- Alguém disse que você não está falando sério, por acaso? – Perguntei, sorrindo.
Agora foi a vez dela de revirar os olhos.
- Eu conheço você Jenni, eu sei que acha que eu estou exagerando como sempre, mas eu não estou!
Era verdade, Sarah exagerava sempre, mesmo com os assuntos mais simples do mundo. Como ela diz mesmo? Ah “O drama dá sempre uma pitada de emoção a essa nossa vida monótona”. É, é isso mesmo que ela vive dizendo.
- Ok, - Ela continuou – se não acredita em mim você terá que ver com seus próprios olhos, o nome dele é Trevor Sanders, ele está no segundo, na sua turma de trigonometria. Oh Jennifer, você precisa ver, sei que não acredita em mim, mas o garoto é simplesmente um deus!
Chequei meu horário, trigonometria era só no sétimo tempo, depois do almoço.
- Sarah, como você sabe de tudo isso? – Perguntei realmente curiosa, o garoto mal chegou a Atlanta e Sarah já sabe tudo sobre ele.
Ela deu uma risadinha e um brilho interessante iluminou seus olhos.
- Você sabe que eu tenho meus métodos.
E se foi toda misteriosa para a sua aula de física.
Sorri. Sarah sempre seria o tipo de pessoa que nós não podemos nos acostumar.
As aulas passavam lentamente, o dia não passava de um borrão tedioso, o sono tomava conta de mim, tudo o que eu queria agora era dirigir a minha velha caminhonete Chevrolet em direção a casa amarela de dois andares onde eu morava com a minha mãe e me jogar na cama.
O sinal da aula de inglês tocou.
Graças a Deus agora era a hora do almoço, uma hora sem escutar o blábláblá que vinha dos meus velhos professores.
Já estava passando pela porta quando minha professora, Sra Robbens, me chamou.
Suspirei.
- Em que posso ajudá-la, Sra Robbens?
- Jennifer, estou preocupada com você. Você era a minha melhor aluna, suas redações me emocionavam, mas agora... – Ela pigarreou tentando achar as palavras certas para a situação. – Bem, desde que seu pai faleceu você perdeu a emoção, seus textos não passam de palavras no papel. Parece que você não está mais sentindo.
Aquelas palavras fizeram meu coração desmoronar, escrever era simplesmente minha vida, eu colocava meus sentimentos no papel, era a única forma que eu tinha de me expressar, mas desde que meu pai morreu, eu não conseguia escrever mais nada. Eu queria chorar ao lembrar dele, queria sair correndo daquela sala e ficar sozinha. Mas ao invés disso eu continuei com a minha mascara diária de desinteresse.
- E daí? – Perguntei em tom monótono.
A Sra Robbens abriu e fechou a boca, depois balançou a cabeça em desgosto. E, finalmente, falou:
- E daí nada Jennifer, desculpe fazê-la perder tempo.
- Tudo bem. – disse e saí da sala.
Peguei um papel que estava dentro do meu fichário, foi a minha ultima redação antes do meu pai morrer. Quando eu ainda era eu mesma.
Não via para onde estava indo. De repente esbarrei em algo forte a minha frente e em seguida senti algo gelado se espalhar pela frente do meu moletom. Espera um minuto. Isso aqui é suco de uva. Droga!
- Desculpa! – Falou um garoto a minha frente.
Passei as mãos desesperadamente pelo meu moletom, analisando o estrago. Ele estava devidamente ensopado. Podia ir para a lixeira agora.
- Merda, Merda, Merda! – Eu repetia sem nem olhar para o cara que pedia desculpas para mim. Sinceramente, seria melhor ignorá-lo para não sair falando coisas que não deveria falar.
- Será que eu posso ajudar? – Perguntou o garoto o qual eu ainda não tinha olhado o rosto.
- Não! – Vociferei – Você não acha que ajudou demais para um dia só, não? – E finalmente olho para o garoto. O meu objetivo era olhá-lo com o pior dos meus olhares furiosos e depois sair dramaticamente dali para que eu pudesse tirar aquele moletom fedido à uva de cima de mim. Mas meus planos foram completamente estragados quando eu vi seus olhos cor de mel. E foi isso, foi o bastante para me hipnotizar.
- Desculpa, mas foi você que surgiu do nada e veio pra cima de mim como uma louca. Eu não consegui desviar. – E ele sorriu. Seu sorriso me deixou boba. Afinal de contas quem diabos era aquele cara e quem ele pensava que era para sair por ai seduzindo as pessoas assim?
Balancei a cabeça duas vezes, saindo do meu transe.
- O que? Eu estava andando, você que surgiu do nada e derrubou essa porcaria de suco em mim. E ainda por cima ferrou com o meu moletom. Você me deve um novo, e sabe disso.
- É o que? – Seu sorriso cínico desapareceu de sua boca e no lugar surgiu uma careta de transtorno.
Isso! Strike! 1 para Jenn, 0 para o garoto incrivelmente lindo e incrivelmente estúpido do suco de uva.
- Está avisado. – E, voilá, aqui estava a minha saída dramática.
Assim que me afastei o suficiente Sarah veio ao meu encontro.
- O que foi aquilo? – Perguntou ela enquanto eu tirava o moletom ficando apenas com a regata que estava vestindo por baixo.
- Só mais um inútil pensando que é o máximo.
- Resposta Errada. Esse era o deus que eu estava te falando hoje cedo. Esse é o Trevor.
- Então, meu bem, você está bem pior do que eu pensava para achar aquilo um gato – Mentira.
O sinal tocou. Aula de trigonometria.
Uma risada ecoou pelos lábios de Sarah.
- Boa sorte na aula de trigonometria. Você vai precisar.
Oh. Eu tinha me esquecido disso.
Quando eu cheguei a sala de aula estava atrasada. O meu velho professor olhou pra mim com raiva por ter atrapalhado a sua aula e depois apontou para o único lugar vago na sala. E olha a minha sorte. Ao lado do idiota do Trevor.
Assim que me sentei, ele se inclinou e me passou um papel. Dizia assim:
Sinceramente, prefiro você com essa roupa do que aquele moletom horrível.
E eu não te devo outro coisa nenhuma.
Ass: Trevor.
Ignore, é o melhor que pode fazer.
A aula passou relativamente rápido, com os bilhetinhos que Trevor me enviava. Alguns eram engraçados, eu tinha que admitir. Mas eu continuei ignorando-o.
Quando o sinal tocou avisando-nos que teríamos que mudar de sala (outra vez) fui em direção a porta praticamente correndo e não olhei uma só vez na direção de Trevor.
Eu já estava no corredor quando senti uma ligeira pressão no meu ombro. Virei para avisar a pessoa que eu estava com pressa. Não devia ter me surpreendido ao ver quem era. Trevor.
Tive que respirar lentamente para não entrar em um colapso nervoso.
- Porque tanto ódio? A gente nem se apresentou. Você nem sabe quem eu sou.
- Olha aqui, babaca – Foi o que meus lábios disseram, mas meu corpo queria simplesmente estar perto daquele “babaca” – Estou tentando te avisar. Você já causou estragos demais para seu primeiro dia!
- Eu sei, eu sei. É so que... – Ele parou de falar parecendo estar pensando em algo. – Pera aí, como você sabe que esse é o meu primeiro dia?
Oh Oh tinha esquecido completamente que para ele eu era uma total estranha, o que definitivamente ele não era para mim, graças a minha querida e amável S.
- É só que... Só que eu sou veterana aqui há 2 anos e nunca te vi. Presumi que você fosse novato. Estou errada?
- Não.
- Então tudo bem. Eu vou indo agora, senão eu sou capaz de avançar na sua cara por causa do meu moletom. – Bom, eu tinha realmente que ir senão avançaria na cara dele, mais precisamente na boca dele. Oh meu Deus, essa não sou eu! Não fui eu que pensei isso!
- Sabe, pra uma pessoa tão pequena você bem que é muito valente, pequena Jenni.
Encarei-o boquiaberta.
- Como é que você sabe o meu nome?
- Bem, você não é a única que tem suas fontes.
- Que seja. – Me virei para sair, mas uma pressão no meu cotovelo me impediu
- Você não vai a nenhum lugar. – Falou ele com um sorriso irônico nos lábios.
- O que você quer de mim?
- Quero saber por que fica tão nervosa quando está perto de mim. É só isso.
Bem, o que eu poderia dizer? Que fico nervosa porque não agüento olhá-lo por muito tempo? Porque me perco na imensidão de seus olhos? Porque tudo o que eu queria agora era que ele pudesse ler minha mente. E ela repetia. Beije-me. Beije-me. Beije-me.
Nada aconteceu.
- Quem sabe porque você é garoto mais idiota que eu já conheci em toda minha vida?
- Não, não é isso. – Disse ele se aproximando de mim.
- Porque seria então? – Perguntei nervosa com a sua proximidade.
Beije-me. Beije-me. Beije-me. Beije-me.
- Porque você quer estar mais próxima de mim.
Beije-me. Beije-me. Beije-me. Beije-me.
- Isso não é verdade – Disse eu com um sorriso cínico nos lábios.
Beije-me. Beije-me. Beije-me.
- Não minta para si, dá pra ver isso nos seus olhos, Jenni.
Beije-me. Beije-me.
Só uns centímetros separavam nossas bocas. Eu podia sentir o calor de seu corpo.
- Só uma palavra, só diga que quer. Só isso.
Beije-me. Beije-me.
- Não.
- Resposta errada.
Então ele realmente leu minha mente, me beijou como nunca ninguém tinha beijado antes.


Hey Ho Let's Go!
Terceiro ano aqui, galera! comolidar? Bem, eu definitivamente não estou sabendo lidar com esse ano, tanta coisa pra se fazer, estou totalmente perdida, alguém me ajuda? Enfim, tenho post guardado pelo que parece ser seculos, mas não quis postar porque 1) ADOOOOOOOOOOOORO ELE e morro de ciumes. 2) tá grande demais! Mas acho que vale a pena ler, o que vocês acham?

Beijinhos de uma pré-universitária,
Ray

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Lembranças de novembro.


Você se lembra daquela tarde mágica de novembro? Aquela em que juramos que nunca deixaríamos um ao outro, aquela em que prometemos sempre sermos um do outro. Tudo aquilo só passou de palavras sem utilidade para você? Porque pra mim foi real, foi ainda mais do que isso. Foi mágico. E eterno. Dói saber que para você eu não era a mesma coisa que você era para mim. Dói saber que o nosso amor “eterno” não passou do primeiro obstáculo. Afinal, o que eu fui para você? Você realmente sentiu algo por mim? Ou eu não passei de uma simples lembrança na sua mente? Eu ainda me lembro da primeira vez que dissemos “Eu te amo” foi inesquecível para mim, mas e para você? Eu ainda estou aqui, mas onde está você?

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Pedido de Ano Novo

Jenn

Não era para ser assim, foram dois anos! Dois anos da minha vida que eu dediquei a uma relação frustrada. O pior é que eu realmente o amo, foram os dois anos mais incríveis até ontem.

Eu não sou mais nenhuma adolescente apaixonada, não posso mais investir tanto em uma coisa que não tem futuro. Mas como convencer o meu coração do que a minha mente já sabe? Que Luke nunca estará pronto para assumir uma relação série, nem comigo nem com qualquer outra mulher?

Meu celular vibrou na minha bolsa me obrigando a pensar em outra coisa e não em Luke. O numero que está no visor não pertence a Luke e sim a minha melhor amiga, Lexie.

- Oi, Lexie – Falei sem ânimo.

- Hey, Jenn! – Gritou ela no telefone. – Onde você está, garota? Te procurei a noite toda. – Sua voz estava embargada, provavelmente estava bêbada.

- Onde você acha que eu estou?

- Own, bebê, - seu tom ficou dramático – não fique assim por causa do Luke, ele nunca te mereceu.

- Vá dormir, Lexie – Disse eu com toda paciência que me restava.

- Mas é noite de ano novo! – Choramingou ela.

- Tanto faz.

- Olha, Jenn, eu estou na casa do Jason, passa aqui qualquer hora.

- Ok. – e desliguei.

O visor do celular piscava avisando que eu tinha acabado de receber uma mensagem.

- Oi Jenn, sou eu. – A voz era de Luke – Olha, precisamos conversar, por favor me diga onde você está! Me ligue quando receber essa mensagem.

Instantaneamente a imagem de Luke passou pela minha mente, um resumo desses dois anos passou como um filme.

Era Luke, sempre foi Luke.

Droga!

Luke

Jenn tinha que estragar tudo! Já estava tudo planejado, eu ia pedir a mão dela em casamento hoje. Bem, não foi exatamente Jenn que estragou e sim Ben (o meu irmão mais velho) tentando me dar cobertura ele simplesmente disse para ela que eu nunca casaria, que eu tinha criado trauma depois da separação dos nossos pais.

Mas é exatamente o contrario, depois da separação deles eu jurei que quando tivesse minha família eu nunca iria deixá-la como o meu pai fez. E Jenn era a mulher da minha vida, mas ela simplesmente surtou e sumiu.

Eu tinha ligado para Lexie minutos antes, mas ela estava bêbada demais para falar, me xingou de mil e um nomes, uns eu sequer conhecia, mas ela não me falou onde Jenn estava. Onde estaria ela? Onde estaria a minha Jenn?

Então eu lembrei de como nos conhecemos, há exatamente dois anos, na beira da praia, nossas famílias estavam festejando juntas, então eu a vi.

Linda, uma amiga de infância que tinha ido passar dois anos em Londres e só voltou para Miami no dia anterior.

Eu nunca vi uma mulher como aquela, foi só eu bater meus olhos nela para saber que era a minha alma gêmea, pode parecer uma coisa muito gay de se dizer, mas um homem de verdade não tem vergonha de dizer que ama. E é isso que eu sinto por ela: amor.

Então eu percebi onde ela estava, virei o carro e fui em direção a praia, demorou pouco para chegar e lá estava ela, sentada com seu vestido branco na areia, com a cabeça apoiada nos joelhos.

Somente a luz da lua iluminava seu rosto. Deus, como ela estava linda.

- Jenn – Sussurrei.

Ela limpou o rosto.

- Vá embora, Luke, você não tem nada o que fazer aqui.

- Sim, eu tenho, Jenn – Respondi me aproximando dela. – O que Ben disse não passa de mentiras, ele estava me dando cobertura para fazer o que eu tinha que fazer, mas como ele ia adivinhar que você iria fugir?

- Então me diga, Luke, você um dia vai querer se casar?

- Claro que sim, eu quero. E quero que seja com você. – Tirei a caixinha que continha o anel do meu bolso e fiquei de joelhos. – Você é a mulher da minha vida, Jenny Sullivan, e não vai conseguir fugir de mim, nem que queira. – Ela soltou uma lufada de ar ao ver o que eu estava prestes a fazer. – E você quer casar comigo?

- Ela colocou as mãos na boca e as lagrimas começaram a cair de seus olhos.

- É claro, Luke, é claro que eu caso. Eu te amo tanto.

Fiquei de pé novamente, coloquei o anel em seu dedo e a beijei. Beijei com toda a urgência e amor que eu conseguia.

- Eu também te amo, Jenn, sempre amei.

Hey sweethearts!

Esse conto era para ser postado na passagem de 2011/2012, porém eu passei o meu final de ano em um lugar que não tinha internet, então o jeito foi postar hoje, então, o que acharam desse conto? Espero que gostem. Como foi o fim de ano de vocês? Tomara que tenha sido bom. TUUUUUUUUDO de melhor para vocês em 2012 que todos os seus solhos se tornem realidade. Love you, guys.

Beijos cintilantes,

Ray.

domingo, 20 de novembro de 2011

Segredos de uma bailarina

Plié, arebesque, sissone...

Palavras dificeis, mas eram nelas que eu tinha que me concentrar nesse momento, era no balé que eu tinha que me concentrar agora e não em Evan. Ou em seus olhos verde-amarelados lindos, ou em seu seu sorriso que sempre me encantou desde que nos conhecemos e isso é... desde sempre.

- Concentração Mary Anne. - Gritou no minha treinadora, Srta Chewsty.

Segundo ela, o meu talento para o balé é nato, desde pequena eu era a "menina prodigio" do balé, o orgulho da pequena cidade de Midletown, aquela que um dia seria "la première ballerina" de alguma grande companhia de balé. Essa cidade decidiu o que eu seria antes mesmo de mim.

Dançar costumava a ser uma benção pra mim, um lugar seguro para onde fugir quando o mundo estivesse desabando sobre mim. E acredite, isso acontece muito. Hoje é mais uma obrigação, uma pressão incrivel sobre minhas costas.

Cada criatura dessa cidade se ocupou de uma parte do meu treinamento, se eu quiser comprar doces eu não posso, porque isso vai ter consequencias no meu treinamento. Todos negam tudo a mim em favor do meu treinamento.

Eu amo dançar, amo o modo como o meu corpo se move suavemente sem eu ao menos ter que pensar direito, só preciso escutar a musica e meu corpo faz o resto. Mas eu não quero ser bailarina... ou quero, eu não sei. Ninguém nunca me deixou decidir.

E esse é o meu primeiro segredo.

A unica pessoa que o conhece é o meu sempre doce e adoravel, mas infelizmente, melhor amigo. Evan Simons.

Acho que esse garoto de 17 anos me conhece mais que eu mesma. Ele sempre esteve lá quando o mundo desabou, ele sempre foi o meu ombro amigo, sempre foi nele que eu me apoiei para me levantar. Vai ver por isso eu me apaixonei por ele: pelo fato de ser uma pessoa confiavel e incrivelmente compreensivel.

E esse é o meu segundo segredo: eu sou, sempre fui e provavelmente sempre serei perdidamente apaixonada pelo meu melhor amigo de infância.

Como se houvesse algum tipo de ligação magica entre Evan e meus pensamentos, ele aparece e se senta na ultima cadeira do auditório.

Imediatamente paro de me concentrar em minha dança e me concentro nele.

Ele estava lindo, para variar, como se fosse possivel Evan estar feio alguma vez. Ele estava com sua jaqueta de couro preta e seus cabelos loiros molhadas por causa da chuva lá fora.

Olhei para o relogio que ficava ao lado do palco e para a Srta Chewsty.

- Já não está na hora de ir?

- O que? - Ela estava tão absorta em seus papeis que nem ouviu.

- O horario do treinamento acabou. - Dessa vez foi um pouco mais alto.

Ela olhou para o relogio e afirmou com a cabeça, essa era a minha deixa para sair.

Aproximei-me de Evan e ele estava com uma caixinha no colo, apontei para a caixinha, sem dizer nada. Ele sorriu e disse:

- Trouxe um cupcake pra você.

- Louvado seja você, Evan. - Agradeci. Se não fosse por Evan eu nunca teria experimentado nada que não fosse saudavel.

- Mas espere. Eu tenho que te apresentar uma pessoa primeiro.

Ele me puxou pelo braço até fora do teatro.

Lá estava uma garota loira observando a chuva. Ela parecia ser muito bonita.

Evan foi para perto dela, a tocou suavemente, sussurrou algo em seu ouvido, e ela se virou toda sorridente pra mim.

- Anne, essa é a minha namorada, Sam. Sam, essa é a minha melhor amiga, Mary Anne, mas eu só a chamo de Anne.

Choque, tristeza, raiva, todos esses sentimentos passaram por mim, mas não pelo meu rosto, ele continuava suave. Abri um sorriso nada menos que verdadeiro e a comprimentei.

Eu podia estar despedaçada por dentro, mas meu rosto não transmitia nada dos meus sentimentos.

Bailarinas fingem, elas sorriem quando não tem vontade. Eu sou uma bailarina, sei fingir.

E esse, é o eu terceiro segredo.
"Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead"
Someone like you - Adele.

Hello Everybody.
Férias galera. Finalmente.
Eu estava com tanta saudade de vocês que eu nem consigo acreditar que eu voltei. Enfim, eu tinha a ideia desse conto fa
z um tempo, mas só hoje tive coragem de escrevê-lo, não sei se ficou bom, o que vocês acham? Eu gostei (um pouco)
Muito obrigada por não desistirem de mim.
Beijos dançantes,
Ray.



quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Resposta ao comentario do(a) anonimo(a)

Own, anonimo(a) que coisa linda. Eu não abandonei vocês, é que ando muito ocupada, o ensino médio acabando e já sabem, não é? Tenho textos guardados no meu note, mas ele quebrou, eu já mandei pra conserto. Ando fazendo cursos e mais cursos outra causa da falta de tempo. Podem acreditar, ninguém sente mais falta do GAS do que eu. Sei que muitas pessoas não vão ler isso e muitas nem vão ligar, mas preciso dar uma resposta. Eu não abandonei vocês e nem vou abandonar. O GAS é o meu mundo. Um dos unicos lugares onde eu posso ser eu mesma. E fico muito feliz de ver que algumas gostam realmente daqui. <3
PS: dia 19 eu fico de férias, então irão ter novas postagens por aqui, EU JURO!