
“Quando você ama mais do que deseja, as coisas saem do sem controle”
Rayssa Façanha.
Me olhei no espelho, estava com uma expressão terrível, misturada com sono e outras coisas que eu mesma não identificava, como eu fui me apaixonar logo pelo meu melhor amigo? Como eu pude fazer isso comigo? Eu fiquei doida de vez, essa é a única explicação pelo que eu faço.
Mas eu não tenho culpa daqueles olhos azuis me tirarem o fôlego toda vez que os vejo, eu não tenho culpa de todos os pelos do meu corpo se arrepiarem quando ele me beija no rosto. Alguém já parou pra pensar que isso é uma reação involuntária e eu realmente não tenho culpa alguma disso?
Abri a torneira molhei minha mão e depois molhei meu rosto. Mesmo depois disso o meu rosto continuava com a mesma expressão. Droga.
- Vamos, Natasha. Você não pode passar o dia todo dentro desse banheiro – escutei gritarem.
- Já vai. – respondi.
Saí do banheiro olhando para o chão.
- O que você tava fazendo lá dentro que demorou tanto? – O Nando perguntou brincalhão.
- E se pergunta uma coisa dessas pra uma garota? – respondi sorrindo, na verdade eu não tava com a mínima vontade de sorrir. O que eu queria mesmo era dar meia volta, ir para casa e me enfiar na cama.
- Ta ok senhora – ele ainda estava brincando, ele sabia que eu não gosto quando me chamam de senhora.
- Ta ok senhora – ele ainda estava brincando, ele sabia que eu não gosto quando me chamam de senhora.
- Humpf – resmunguei silenciosamente – Sabe, se você continuar com essas brincadeirinhas o dia vai demorar uma eternidade.
Ele riu.
- Ei eu tava pensando. Você quer ir ao cinema? – Ele me perguntou.
Ótimo, eu tava precisando mesmo disso.
- Claro, eu vou chamar o resto do pessoal.
- Bom, na verdade Nat. Eu tava pensando em irmos só nós dois. Topa? – Ele estava ficando vermelho, senti o sangue correr para o meu rosto, eu também estava corando.
Meu coração começou a disparar, minhas pernas começaram a ficar bambas, a qualquer momento eu iria desmaiar, típicos sintomas de amor.
Meu coração começou a disparar, minhas pernas começaram a ficar bambas, a qualquer momento eu iria desmaiar, típicos sintomas de amor.
- Ér, só você e eu? Isso?
- Sim, só nós dois, você entendeu.
Porque que ele estava pedindo pra irmos sozinhos ao cinema? Será que ele gostava de mim? Não, obvio que não. Eu já estou começando a criar coisas com essa minha imaginação super fértil.
- Certo, pode ser – falei ainda corada, e com o coração ainda latejando.
- Okay então – ele falou parecendo aliviado – Ah, e deixa que eu pago ok?
- Ah c-certo – gaguejei. Que ridículo.O sinal tocou ele se virou e falou:- Sábado, às três horas, eu te pego na tua casa, ta marcado?
- Ér, claro.
Ele saiu correndo. Já estava atrasado para a aula. E eu também.