domingo, 26 de abril de 2009

Decisão

Eu já tinha decidido e não havia nada que pudesse fazer eu mudar de idéia, eu iria até o fim com a minha decisão custe o que custar.
Bati na porta da casa do Guga, eu não agüentaria esperar até segunda para falar com ele, eu não podia falar com ele pelo telefone ou MSN, seria covardia demais, e eu não sou o tipo de pessoa que procura saídas mais rápidas, eu procuro enfrentar os meus problemas de frente. Passaram-se alguns minutos até que alguém veio atender. Era a Dona Helena, mãe do Guga.
Eu sempre tive uma enorme admiração pela Dona Helena, ela devia ter uns quarenta e muitos ou uns ciquenta e poucos anos, mas seus olhos e seu sorriso pareciam de menina, o Guga puxou muito da mãe, incluindo os olhos cor de mel e a pele branca, mas ela era tinha os cabelos loiros e cacheados e ele tinha os cabelos negros e lisos, mas o que mais chamava atenção no Guga são os olhos, eu sempre me apaixono pelos olhos.
- Oi Dona Helena! – Falei dando um sorriso, até mesmo um pouco forçado. – O Guga está?
- Não, querida, hoje é sexta, ele está no treino de futebol, mas se você quiser esperar... - No mesmo instante que ela falou que ele estava no treino eu me virei e comecei a correr em direção ao campo que eles treinavam.
- Obrigada Dona Helena – Eu gritei ainda correndo.
Quando cheguei no campo eu estava ofegando e suada. Ótimo! Não foi assim que eu planejei isso. Sim, eu planejei isso, e na minha imaginação era o mais rápido e neutro possível. Sentei no banco pra descançar um pouco. O Guga veio falar comigo.
- Olha só quem veio me visitar – Ele estava todo sorridente.

- Oi Guga, eu...
- Deixe- me adivinhar, veio me dar a minha resposta, qual é, sim ou não? É sim, não é? Ah, Rayssa você não sabe o quanto eu estou feliz – Depois dele não ter deixado eu falar, ele me abraçou. Afastei-o no mesmo instante.
- Não!
- Não o que? – O sorriso dele desapareceu
– Não, você não tem a resposta ou não é a sua resposta?
- Não é a minha resposta
- Mas, porque?- Porque eu não posso fazer isso com a Vih - Mentira! – Ele gritou – é por causa daquele mauricinho do Fernando
- Por ele também
- Você gosta dele – Isso não era uma pergunta
- Guga, eu...Ele segurou meu rosto e me beijou, um beijo ardente, um beijo apaixonado, mas eu não podia correspondê-lo, eu já não era mais apaixonada por ele. Parei o beijo.

- Desculpa Guga, eu não posso
- Porque não?
- Eu já esperei tempo demais por você, e agora, eu não posso fazer isso comigo.

Dei um beijo doce do alto da testa dele como se dissesse: vai ficar tudo bem, você vai ver. Virei-me e comecei a caminhar, estava começando a chover, já não importava, eu tinha cumprido com a minha decisão, isso importava.

sábado, 25 de abril de 2009

E se...


se todas as pessoas do mundo não acreditassem que você é capaz ? se todas elas te botassem pra baixo? se todas elas jogassem na sua cara que você não é nada, que não é útil, que não presta. se todas elas te humilhassem, te fizessem chorar, sofrer? o que faria? eu secaria minhas lagrimas, ergueria minha cabeça, e seguiria em frente, fazendo tudo o que elas achavam que eu não podia, tudo o que estava fora do meu alcance, tudo o que é útil, até mostrar pra todos que eu não sou fraca, e que eu posso muito mais.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Adeus!

- Vem já pra cá por favor! – Eu supliquei
- Han? Mais o que...
- Por favor
- O que aconteceu?


- Tu pode vir pra cá? Eu preciso de você aqui.
- Ta, to indo.
Ela desligou.
Adeus, essa palavra horrível tinha que existir, não existe e nunca existiu coisa pior do que uma despedida, a pior despedida é quando nós sabemos que nunca mais veremos a pessoa amada, quando sabemos que nunca mais veremos aquele sorriso amigo, aquela risada estrondosa, aquele beijo carinhoso, enfim, nada, só silencio.
Minha mãe me dizia quando eu era pequena que Deus queria as melhores pessoas do lado dele, que era para essas pessoas não sofrerem tanto na Terra por serem tão boas. Eu, sinceramente, nunca tinha acreditado muito nisso, mas hoje de madrugada a minha opinião mudou totalmente. Meu avô, meu querido avó, Deus o levou e eu não pude fazer nada, eu não pude falar pra ele o quanto eu o amava antes dele ir pra sempre.
Esse é o meu problema, acho que eu vou ter as pessoas pra sempre, e quando menos espero, elas se vão.
Eu não queria perdê-lo, juro que não, a pior coisa do mundo é sentir o que eu estou sentindo, culpa. Sei que não sou culpada, alias ninguém tem culpa em um infarto, mas é que... eu sinto falta dele, eu quero ver aquele sorriso de novo, quero abraçá-lo mais uma vez e dizer que o amo e sempre amarei.Que ele vai pra sempre estar no meu coração que ele é o melhor vozão do mundo e que sempre, sempre estará comigo esteja onde estiver e..e.. que a gente um dia ainda vai se encontrar.
Escutei a porta bater, no mesmo instante corri pra atender, já tinha certeza de quem era.
Abri a porta e lá estava ela, a Vivian.
- O que foi? – falou ela
Abracei-a e sussurrei no seu ouvido:
- Ele morreu.
- Ah, sinto muito
E ficamos lá, abraçadas, até eu parar de chorar.


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Texto dedicado ao meu querido avô, você sempre vai estar no meu coração esteja onde estiver.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Coração dividido


O meu prazo estava acabando, e eu ainda não tinha uma resposta concreta para dar ao Guga, o que eu diria, ‘ Desculpa, mas chegou tarde’? Não é bem assim, eu fui, ou sou, apaixonada por esse garoto desde o meu jardim de infância. Não era paixonite a toa, era sério, eu gostava mesmo dele, acho que ele merece um pouco mais de respeito, ele foi meu melhor amigo durante anos. Mas também, não passou disso.
Já com o Nando não, ele é diferente. Não é uma coisa que se explica, é como se a gente já se conhecesse de vidas passadas, ok eu não acredito em vidas passadas ou em nada do tipo, mas acredito em destino, e o Nando esta no meu, eu sinto isso. O que eu sinto por ele não é uma coisa que eu senti por ninguém, é estranho como eu me sinto perto dele, não é comum.
E ainda tem a Vivian, eu não contei pra ela o que ele me pediu, eu tenho medo que ela ache que eu seduzi o namorado dela, ela ia ficar como eu fiquei quando ela começou a namorar com ele, sem chão. Eu não quero que a nossa amizade volte como estava a uns dias atrás. Sempre que pode ela fala dele, diz que ainda gosta daquele ‘cabeça dura’ e que morreria se não continuasse com ele, ela ainda tem esperanças deles voltarem.
E ainda tem.. eu, uma parte da minha mente queria espancar o Guga e mandar ele voltar correndo para a Vivian, mas a outra parte pulava de alegria, eu sei que isso parece meio hipócrita mas é totalmente a verdade, eu juro que pensava que já tinha esquecido ele, mas não era verdade, e nem era mentira, era só... confusão.Isso, essa era a palavra certa pra descrever a minha mente, confusa. Eu jurava que não gostava mais dele mais parece que a minha mente deixava essa parte oculta.
Não se deixa de gostar assim de alguém, é obvio que eu devia ter imaginado uma coisa dessas, o destino vive aprontando comigo, porque não aprontaria agora?
DEFINITIVAMENTE, eu não sei o que fazer D: