sábado, 29 de maio de 2010

Pura Mágica - Prólogo

Clair e Emma estavam brincando em um gramado imenso, apenas duas crianças. Os pais de Clair haviam morrido quando ela tinha um pouco mais de um ano. Os pais de Emma eram os pais de Clair desde então.
Emma e Clair eram mais que amigas, eram irmãs, confidentes. Uma alma em dois corpos.
Clair era doce, loira, com olhos castanho-mel e Emma era uma menina risonha, de olhos verdes-escuros e cabelos negros até a cintura.
- Eu vou te pegar – Gritava Emma entre os risos, com sua voz infantil.
Clair gargalhou.
- Você não vai conseguir – gritou de volta, fazendo uma careta para a amiga-irmã. Até quando não queria ela era doce.
O céu começou a ficar negro. As gotas de chuva começaram a cair sobre as duas meninas.
Clair estava tão ocupada prestando atenção em seu caminho e nas reluzentes gotas de água e não notou que Emma não estava mais a seguindo.
- Claaaaaaaaaaaair! – gritou Emma.
Clair correu em direção ao grito de sua irmã. E achou-a toda molhada sorrindo para o objeto que tinha nas mãos. Um objeto vermelho, brilhante, e abstrato.
Fogo.
- Solta isso Emma. – Ordenou Clair em sua vozinha de criança.
- Não me machuca, Clair. – Disse Emma, sorrindo. – Veja. – Emma estralou seus dedinhos e a chama desapareceu de sua mão, e quando estralou novamente lá estava ela de novo.
Clair bateu palmas, animada.
- Que lindo, que lindo, Emma. – disse ela com excitação.
- Vamos mostrar para a mamãe?
As duas foram correndo para onde estavam sentados dois adultos, uma mulher alta, morena com os cabelos negros encaracolados e um homem mais alto ainda com os olhos verdes-escuros. Os dois muito belos e jovens. Os pais das meninas.
- Mamãe, mamãe – gritaram as duas fazendo coro e abraçando a mulher.
A adulta soltou um risinho.
- O que foi meus anjinhos?
As meninas se olharam com um sorriso confidente em ambas, Clair foi a primeira a falar:
- Mamãe, olha o que a Em pode fazer!
- O que meu anjo? – A mulher virou a cabeça para fitar a filha mais velha.
- Isso, olha. – Emma se desgrudou da saia da mãe e estralou mais uma vez seus dedinhos e a chama reapareceu em sua pequena mão.
A mãe delas segurou o ar de repente e olhou para o marido, que olhava apavorado para a filha.
- Não! – gritou a mãe. – Não, não pode ser não a minha Emma. – dizendo isso ela jogou-se no chão abraçando a criança.
- O que foi mamãe? – Perguntou Emma, apavorada.
- July, controle-se – disse o pai das meninas após se recompor. – está assustando-as.
- Você não percebe o quanto isso é grave John? – disse July com lagrimas escorrendo pelo rosto. – Você não percebe o que isso significa? O isso faz da Em?
John calou-se, não tinha coragem de falar o que aquilo fazia da sua filha. Era como que se falassem as palavras em voz alta tornaria aquilo ainda mais real.
Clair foi a única corajosa o bastante para quebrar o silencio.
- O-o que isso faz da Emma mamãe? – gaguejou a menina.
July respirou fundo antes de responder.
- Isso faz dela uma mágica. – ela estremeceu na ultima palavra. – Alguém com poderes, diferente dos demais, mas alguém caçada.
- Caçada? – Repetiu Emma em forma de pergunta.
- Caçada, meu amor, - explicou July tentando tirar os cabelos molhados do rosto da menina para acalmar a voz. – alguém que é perseguida por outras pessoas.
- Eu não quero ser caçada, mamãe. – choramingou a pequena Emma.
- Nem eu meu amor, mas para você não ser descoberta é preciso que você nunca use seus poderes, entendeu bem? Nunca.
Emma balançou a cabeça afirmativamente.
- Promete? – insistiu July.
- Prometo. – Prometeu Emma.
Elas se abraçaram em meio aquela chuva, todos compartilhando a mesma dor. Momentos depois Clair se juntou a eles e depois foi a vez de John. Ficaram lá, parados, por um instante que podiam ser minutos ou horas, até que July enxugou as lagrimas e se levantou.
- Vamos para casa.
Mal sabiam eles que não teriam mais casa, nem paz.
Continua :)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A ultima dança.

Ele passou a mão pela minha cintura e começamos a dar passadas pelo salão, para falar a verdade não estávamos nem prestando atenção na música que tocava, dançávamos de acordo com a batida dos nossos corações que estavam em completa e total sincronia.
Meus olhos estavam grudados aos dele e os dele aos meus. E por mais que eu tentasse, por mais que eu quisesse tirar meus olhos dos deles eu não conseguia, me sentia tão quente e acolhida com os braços dele em volta de mim, parecia um sonho e eu não queria que acabasse.
Conversamos, sorrimos, rimos, como se não houvesse ninguém além de nós naquele salão lotado.
Moviamo-nos cada vez mais lentamente aproveitando cada minuto daquela ultima dança antes que cada um de nós seguisse seus próprios caminhos.
A musica parou, meus batimentos cardíacos também, eu estava tão conectada a ele que eu nunca mais queria soltá-lo. Infantil, eu sei, mas ainda era a pura verdade.
Ele soltou minha cintura lentamente, como se não quisesse fazê-lo, e fui tirando minha mão de seu ombro da mesma forma. O sonho tinha acabado. Hora de voltar a realidade.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Entre Vampiros.

Eu estava sendo perseguida, mas não conseguia ver por quem. Só conseguia ver árvores a minha frente, e à medida que eu corria, as folhas que estavam no chão voavam atrás de mim. Meu subconsciente gritava: corra mais rápido.

Mas eu não conseguia, minhas pernas não me obedeciam, parecia que cada vez que eu mandava-as correr mais rápido elas iam mais devagar. Acho que no fundo eu não queria ir rápido, queria que a coisa me alcançasse, mesmo eu não sabendo o que era, ou quem era. Minha respiração estava cada vez mais acelerada, adrenalina corria pelas minhas veias, eu sabia que estava em perigo, mas a minha mente estava calma. Minha visão começou a ficar embaçada, não conseguia mais ver por onde estava indo, e de repente eu caí.

Uma mão pálida apareceu logo à frente, e o dono dela era um cara incrivelmente lindo, com os olhos mais azuis e profundos que eu já havia visto. Eu sabia o nome dele, era Eric. Seus cabelos voavam ao redor da sua cabeça, sua pele pálida parecia brilhar a luz da lua, seu corpo perfeito estava curvado em minha direção. Minha mente gritava para mim: Perigo.

Mas eu não conseguia entender, como um cara tão perfeito podia ser perigoso?

Segurei sua mão e apoiei-me nela para ficar de pé.

Ele deu um sorriso, com suas presas aparecendo para mim, aquilo provocou arrepios pelas minhas costas.

Eu não conseguia parar de olhar nos seus olhos, parecia que ele podia ver dentro de mim, ver minha alma, cada sentimento, cada duvida, cada medo. Parecia que ele podia decifrar meus pensamentos, mesmo que eu não pudesse.

- Não tenha medo, – sussurrou ele em uma voz macia como seda. – Eu não a machucarei.

Imediatamente me senti mais calma, o medo que eu estava guardando dentro de mim simplesmente sumiu, sem mais explicações. Sua voz era tão calmante e sedutora, era impossível resistir a ele, em qualquer situação. E, sinceramente, eu não queria resistir mesmo.

Ele se inclinou na minha direção, roçando seu nariz no meu pescoço, cheirando-o.

- Você é tão quente. – disse ele, logo em seguida eu senti uma pontada no meu pescoço, e o sangue fresco sair de mim. Era tão bom, estava me entregando a ele.

Ele tirou o rosto de perto do meu pescoço, dava para sentir as feridas feitas por seus dentes nele. Eu estava tão feliz, mas ele não parecia do mesmo jeito, sua expressão estava séria, como se ele estivesse usando uma mascara.

- Desculpe – disse ele, realmente triste – eu não queria te fazer mal.

Dei um passo em sua direção e rapidamente ele se afastou de mim.

- Por favor, não fuja de mim. - Imediatamente ele parou de recuar, mas eu ainda podia ver a dor em seus olhos, ele estava se torturando. - Eu sou sua Eric – sussurrei, passando meus braços pelo seu pescoço gélido e beijando-lhe na boca suja com o meu sangue.

Acordei na minha cama, o sol batia forte no meu rosto. Olhei para o meu colo e o objeto estava lá.

Apertei o cordão com o brasão da família de Eric, que ele havia me dado, contra o meu peito e me ouvi murmurar:

- Seja o que você for, eu estarei com você. Para sempre.


Hey amores.

Bem, essa história foi feita para a primeira etapa do concurso da Meg Cabot. O tema era 'romance assombrado'. O texto foi modificado porque lá pediam apenas 500 palavras e eu coloquei mais algumas agora rs. E sim, eu sei que o tema vampiros virou modinha mas sou apaixonada por eles, também sou por fantasmas maaaas na hora não me surgiu nada de interessante com esse tema :/ enfim, aproveitem, espero que gostem.

xoxo