sábado, 25 de maio de 2013

Use Somebody

Eu sou uma idiota.
Essa é a única explicação que eu tenho para ser apaixonada por um garoto que não vejo há cinco anos.
Eu ainda não acredito que estou fazendo essa viagem só pra vê-lo (formalmente para visitar minha família).
- Preparar para aterrissagem.  – Uma voz feminina informou pelos alto-falantes.
Suspirei. Agora não tem mais como voltar atrás. SUA IDIOTA!
Demorou alguns minutos até estar em terra firme. Peguei minhas malas e corri para encontrar meu primo que iria me buscar no aeroporto.
Engulo em seco quando avisto um homem alto, de cabelos louros encaracolados. Meu estomago se revira como se houvesse borboletas tentando sair.
Pare com isso! Falei para mim mesma. Você não é mais uma menina. Não tem o direito de se sentir como uma.
Ele finalmente me reconheceu e abriu um sorriso que fez meu coração se contrair. Sorri bobamente e ele veio em minha direção. RECOMPONHA-SE! Gritei mentalmente para mim.
- Pequena Sadie! – Ele gritou para mim passando um braço em torno do meu pescoço. Envergonho-me de me dizer que derreti em seus braços.
- Não tão pequena assim, tenho 19 anos. – Ele assobiou e arregalou os olhos surpreso.
- Nossa, tanto assim? Eu lembro quando você veio aqui na primeira vez tinha o que? 12 anos?
- Na verdade, 14. – Sorri – E você tinha 18. Enfim, cadê o Luke?
- Ele teve alguns problemas e me pediu para buscá-la. – Ele sorriu mais uma vez. – Você não se importa, não é?
- Estou radiante. – Sorri sarcasticamente.
Merda.

- Vamos, Sadie! Não quero chegar lá tarde. – Kristie, a namorada do meu primo me chamou no andar de baixo.
Passei mais uma camada de rimel e finalizei a maquiagem com um batom vermelho nos lábios. Perfeito.
- Já estou indo – Gritei de volta.
Coloquei as sandálias de salto e desci as escadas.
- UAU – Kristie falou pra mim. – Luke, você disse que sua prima era uma menininha. Mas ela é um mulherão.
Sorri para ela em agradecimento.
- O que você está falando, a Sadie é uma menininha... – Ele finalmente olhou para mim e arregalou os olhos. – O que você fez com a minha priminha?
- Luke – Gritei e pulei em seus braços. Como sou filha única nunca tive um relacionamento de irmãos, mas acho que o que eu tinha com Luke era o que eu tinha de mais parecido.
- Garota, quanto tempo não te vejo. Qual foi a ultima vez que esteve aqui.
- 5 anos – respondi. – Você poderia aparecer em Nova York alguma vez, também.
Ele não respondeu. Porque alguém entrou pela porta. Alguém com os cabelos louros encaracolados e os olhos verdes mais angelicais que eu já vi.
- Marco! – Luke o saudou.
O olhar de Marco imediatamente parou em mim e me analisou. Corei e desviei o olhar como uma adolescente assustada. Brilhante!
- Cadê Hayden? – Kristie perguntou. Marco finalmente tirou os olhos de mim e fitou Kristie.
- Ela não vem. – Ele deu de ombros.
- Quem é Hayden? – Perguntei curiosa.
- A namorada do Marco, – Kristie respondeu – quase noiva.
Marco voltou a olhar para mim.
- Não exagere, Kris.
Kristie riu.
- Qual é! Vocês estão juntos há 3 anos.
Ele ficou calado, assim como eu.
Eu não tinha direito de sentir ciúmes dele, ele nunca foi nada meu e eu nunca fui nada dele. Mas eu senti meu coração apertado mesmo assim. Meu rosto não transmitiu nada do que eu sentia por dentro.
- Bem, pelo menos a Sadie não vai ficar segurando vela. – Kristie deu de ombros.
O caminho para o clube foi silencioso, nós entramos rápido. O que foi ótimo porque tudo o que eu precisava era dançar.
- Vem, eu preciso ir pra pista. – Arrastei Kristie comigo.
Dançamos como se não houvesse amanhã. Dancei para esquecer o porque eu estava aqui e por quem eu viajei milhas de distancia.
Naquele momento só existiam meus movimentos. Meus braços levantados, meu quadril balançando, as mãos em minha cintura.
Espera um minuto.
Virei-me para dar de cara com um cara de pelo menos 1,80 de altura, musculoso, cabelos pretos e olhos azuis brilhantes.
Ele sorriu para mim, mas não era o sorriso que eu queria, não fazia meu estomago se contorcer em êxtase. Não era o sorriso de Marco.
- Logan – Gritou ele se apresentando.
Abri um sorriso.
- Sadie – Gritei de volta.
Uma musica romântica começou.
- Posso? – Perguntou ele.
Que se dane, para esquecer Marco pelo menos por hoje valia tudo. Ou quase tudo.
Acenei em afirmativa.
Ele me puxou pela cintura apertando-me contra seu corpo e encaixou o queixo em meu ombro.
Seu nariz roçou meu ombro nu e veio se aproximando pelo pescoço.
Eu sabia que ele queria me beijar. Mas Marco estava em meu pensamento como se ele tivesse enterrado lá.
Soltei um suspiro e olhei para Marco. Ele estava me encarando com raiva.
Que se dane! Ele tem uma namorada.
Logan agora estava com sua boca quase encostada na minha. Só um beijo não faria mal, não é?
Fechei meus olhos mas o beijo não veio, ao invés disso senti um puxão na minha cintura e fui colocada nas costas de alguém. Pensei que será Luke tentando me “proteger” de um predador. Qual foi a minha surpresa quando dei de cara com um Marco raivoso na minha frente?
- O que você pensa que está fazendo? – Gritou ele pra mim. Estávamos fora do clube, onde ninguém poderia nos ouvir.
- Me divertindo – Gritei de volta para ele, a minha raiva começando a florescer.
- Você estava sendo assediada!
Olhei para ele abismada.
- Não, não estava. Se ele quase me beijou foi porque eu quis!
- Você é uma menina, não sabe se defender.
- Não, eu sou uma mulher e sei me defender sim.
 Segurei seu pescoço e alavanquei meu joelho, parando milímetros antes de machucá-lo.
- Eu poderia deixá-lo estéril se eu quisesse. – Sussurrei para ele, nossos rostos estavam tão próximos que eu podia sentir sua respiração em minha bochecha.
- Vou voltar para dentro. – Avisei-o me desgrudando dele.
Ele não falou nada. Mas não me largou também.
Marco se aproximou e encaixou sua boca com a minha. Puxou forte minha cintura para que ficássemos o mais próximo possível.
Em pouco tempo eu já estava respirando com dificuldade.
- E a sua namorada? – Perguntei com a boca ainda colada a dele.
- Ela não precisa saber.
Mesmo estando em transe com os lábios do cara por quem eu era doida nos meus, minha mente gritava errado. Então reúni toda a força que tinha e empurrei-o. Ele respirava com dificuldade, assim como eu.
Ele deu um passo pra frente, institivamente procurando o que eu tinha tão bruscamente acabado.
Fiz sinal para ele manter distancia.
- O que diabos você pensa que está fazendo? – Gritei pra ele. Surpresa por minha voz estar tão energética e não o sussurro sem ar que eu pensei.
Marco olhou para mim confuso.
- Eu pensei que...
- Pensou errado. Você tem namorada.
- O que tem ela?
- Deus, como pode ser tão cara de pau?
- Eu não estou entendendo, você queria.
- Sim – Gritei para ele. – Mas é errado.
- O que tem de errado nos divertimos juntos?
Soltei uma risada.
- Isso, diversão. Eu não quero ser a diversão de uma noite de alguém, Marco, eu não quero ser descartável. Eu quero esquecer você, foi pra isso que eu vim. Eu não vou ser usada como brinquedo por você.
Virei-me e voltei para o clube deixando um Marco estupefato atrás de mim.
No final das contas era disso que eu precisava.
Um Encerramento.
Um ponto final.   

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Heartbreakers

Estou ficando louco, aliás, ela esta me deixando louco. Ela resiste a mim como nenhuma outra fez antes. É uma técnica de tortura. Ela está me torturando, e eu estou ficando cada vez mais louco.
Ela me dá pouco, se rende um pouco. Então quando eu penso que estou quase lá, quando estou prestes a fazê-la se entregar a mim de uma vez por todas. Ela me dá um sorriso diabólico e diz um simples “não vai rolar”. E me deixa sempre querendo mais, sedento pelos lábios dela, pela pele dela. Pela simples presença dela.
Quem diria que seria tão durona. Loba na pele de um cordeiro. Com seus olhos verdes esmeralda, sua pele branca e cabelo sempre em uma trança elaborada. Vestindo sempre uma saia, na medida pra não mostrar nada, mas deixando os caras loucos pra verem.
E eu achando que ela seria fácil. Mais uma na minha cama como todas as outras, afinal, eu tenho 18 anos, tenho o direito de me divertir. Mas ela não deixa, não deixa que eu me divirta com ela. Sempre tão pura, tão casta. Mas eu não desisto, sou um lutador, vou ter essa garota. Eu espero. Finalmente achei uma adversária a altura.
Chiara Jackson
***************
Ele é como todos os outros. Simples e puro instinto. Capaz de tudo para conseguir o que quer e capaz de usar as armas corretas para conseguir.
- Eu te amo, Chiara. – Mente ele olhando bem dentro dos meus olhos.
E como eu sei que ele está mentindo?
Seus olhos não mostram muita coisa, são nada menos que sinceros, já são muito bem treinados. Mas tem uma coisa, lá no fundo, uma centelha de algo que eu sou treinada para reconhecer, mesmo que muito bem disfarçada, como agora, desejo.
Eu gosto dessa parte, onde vejo o que eles querem em seus olhos, e me imploram com os mesmos, sempre querendo mais e eu sempre negando. É o meu estilo próprio de orgasmo. Mostrando como eu posso estraçalhá-los por dentro, assim como eles fazem com muitas de nós.
Aperto meu dedo indicador contra seus lábios. As mentiras que saem da sua boca não importam contra a verdade estampada em seus olhos claros e ao mesmo tempo escuros, ardendo de desejo.
- Calado – Sussurro.
E ele me obedece. Colando seus lábios aos meus de maneira nada suave, quase brutal, eu diria. Ele me encosta na parede me puxando para cima. Não tenho mais onde apoiar meus pés e para não cair acabo enrolando minhas pernas na sua cintura.
Ele vê isso como um sinal para subir ou descer as mãos demais pelo meu corpo, subindo sob minha blusa, direto para o fecho do sutiã, ou para baixo, direto para a minha saia.
Santo Deus, ele parece um polvo.
Por um segundo eu penso em desistir, em ceder pela primeira vez a alguém. Mas então lembro de seus olhos, da chama fervendo por baixo deles desde da primeira vez que nos vimos.
Abro os olhos subitamente e me desenrolo do seu corpo.
Ele olha pra mim ainda perdido em seus próprios sentidos. Um animal em sua essência.
- Não vai rolar.
Garotas cedem, garotos usam e jogam fora. Eu estou só fazendo o contrario, eu os levo ao limite e depois nego e quando estou cansada os jogo fora na lixeira de material não reciclável mais próxima.
Isso para mim é um jogo, presa contra predador, só que nesse caso os papéis são invertidos. Eu sou o predador e eles, a presa. Mas deixo que pensem o contrario.
Viro me preparando para deixá-lo sozinho.
Cade Halles não é adversário para mim, de qualquer maneira.
- Ah, não. Você não vai. – Escuto ele, baixinho. E de repente sinto uma pressão perto do meu cotovelo.
Tento me soltar, mas seu aperto só se restringe mais. Ele me joga contra a parede e segura meus pulsos em cima da minha cabeça.
Ele é 2 vezes mais alto que eu e um milhão de vezes mais forte. Eu sabia que meu jogo era perigoso. Devia ter percebido que ele não sucumbiria mais as minhas vontades e ter terminado com ele há muito tempo. Mas eu queria provar a mim mesma que conseguia levar até o final. Pelo menos dessa vez, por uma questão pessoal.
Cade namorou minha irmã quando ambos tinham 16 anos. E fez com ela o que fez com o resto, usou e jogou fora, deixando os estilhaços para minha família juntar.
Por isso eu comecei tudo isso, por isso eu comecei todo o meu treinamento, por isso deixei tantos garotos na mesma posição de Cade. Comecei por vingança, mas depois gostei. Gostei de me sentir no poder, gostei de acabar com eles.
Será que era isso que Cade sentia quando estraçalhava uma de nós? Eu conseguia entender, esse poder era viciante.
Chuto no único lugar que pode realmente machucar um homem. Ele arfa de dor e me deixa livre de seu aperto.
Só por alguns segundos.
Ele logo se recompõe e puxa meus cabelos.
- Vadia – Sua voz é dura.
Uma silhueta invade o local onde nós estávamos. Sinto esperança crescer dentro de mim.
- Socorro - Eu suplico para o desconhecido.
Em seguida Cade puxa meus cabelos com força e me leva ao chão. Já não vejo mais nada.
- Por favor, acorde. Por favor. – Suplicava uma voz desconhecida.
Gemi, sentindo a dor na minha cabeça.
- Graças a Deus você acordou.
Seu rosto está perto do meu agora, consigo sentir seu hálito de hortelã e ver seus olhos cor do céu.
- Ele machucou você?
Balanço a cabeça em negação, recebendo uma pontada de dor.
- Quem é você? – Consigo encontrar minha voz.
- Derek Malcolm – Responde ele me ajudando a levantar com um sorriso no rosto. – E você é?
Seus olhos, institivamente eu procuro aquilo que sempre aparece. Mas não está lá. A única coisa que vejo são a sua doçura e gigantesca preocupação para comigo.
- Chi-Chiara Jackson – Balbucio – E o Cade?
Seus olhos mostram uma raiva fumegante.
- Aquele imbecil não vai mais te machucar, eu prometo. Nem que para isso eu precise ser seu garda-costas pessoal. Vem, vou te ajudar a andar.
Parece que encontrei um adversário a minha altura. Eu mesma. E o jogo é não se apaixonar.
Olho em seus olhos mais uma vez, nada daquele desejo que todas as outras vezes eu vi.
Não sei se vou resistir, não sei se quero resistir. Não dessa vez. 

Eu sei, eu sei.
Podem me bater que eu estou merecendo.
Nunca mais postei aqui, mas deixem eu me explicar. É o seguinte, a internet hoje em dia está sendo monopolizada por blogs de beleza e tal, acho que não tem mais espaço para um blog como o meu. Assim como vocês podem achar que eu os abandonei eu falo o mesmo sobre vocês. Me sinto abandonada. Pronto, falei. Não vejo mais ninguém por aqui, o blog anda as moscas. Sei lá. Vocês meio que me abandonaram também. Além do mais não vejo mais nenhuma blogueira como eu por aí. Fico meio "será que isso ainda faz sentido, será que não seria melhor abandonar de uma vez por todas?" será mesmo?
Enfim,
Hope you like it,
xoxo,
Gossip Girl Ray