segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Você pertence a mim


Sinto tanta falta dele, faz dois anos que não o vejo, mas é como se ele nunca tivesse partido, às vezes consigo sentir o doce aroma de sua pele, consigo ver seus olhos escuros protegendo-me, seu sorriso impecavelmente perfeito, eu nunca o esqueci.
E hoje ele está voltando, sinto-me tão nervosa, uma coisa realmente estranha, eu nunca me sinto nervosa, seja o que for, sou o tipo de garota que os outros chamam de fria, que sempre esconde suas emoções.
Ele foi o único a quem eu mostrei quem eu realmente sou, o único que conseguiu enxergar dentro de mim, e eu enxerguei-o de volta.
Peguei as chaves do carro, estou surpresa que tenha conseguido, minhas mãos tremem e suam, eu achava que qualquer coisa que eu tentasse segurar fugiria entre meus dedos, evitando a mim de revê-lo.
Entrei no carro. Ainda não acreditava que iria encontrá-lo, depois de tanto tempo, eu estaria em seus braços novamente.
Liguei o carro e pisei no acelerador. Eu precisava dele, do meu Adam.

Adam
Faltava pouco, daqui a pouco eu estarei em casa, nem acredito nisso. Depois de dois anos, e eu ainda sinto falta. Meu sonho sempre foi fazer uma faculdade em Londres, e quando finalmente consegui pareceu tão vazio, o pior foi ter que deixa-la aqui, ver seus olhos se enchendo de lagrimas, e me pedindo pelo amor de Deus para ficar, a minha vontade naquela hora foi desistir de tudo e dize-la que eu nunca iria embora, que ficaria. Com ela e só por ela.
Mas não pude, não tive coragem o suficiente para fazer isso, fui covarde e tive que vê-la chorar, meu coração apertado deixando-a.
Será que ela já me esqueceu? Ela deve ter seguido em frente, deve estar namorando outra pessoa.
Não se passou um dia sem eu pensar nela, pensar em como ela estaria naquele momento, se ela também estava pensando em mim, se ela estava bem, não se passou um dia sem arrependimento por não estar onde ela está. Eu pertencia a ela, agora e sempre.
O avião pousou, os passageiros estão saindo aos poucos, será que ela estará lá? Eu preciso tanto vê-la. A minha doce Mary.

Mary
Um oceano de carros a minha frente, o sol queimando minha pele, e tudo o que eu pensava era em Adam. Será que ele sentia falta de mim como eu sentia dele? Será que ele me esqueceu? Acho que não, senão ele não teria mandado um e-mail para mim, falando que gostaria de me ver quando chegasse.
Eu precisava de Adam como preciso de oxigênio, simples, não sei como consegui viver tanto tempo sem ele, foi um milagre, provavelmente foi isso.
Namoramos desde crianças e eu sabia, como sabia qual era o meu nome, que eu pertenço a ele, desde sempre.
Olhei o relógio mais um vez, eram 15:00, ele deve ter chegado a meia hora, e eu aqui presa nesse transito, e tudo o que eu queria era vê-lo de novo, tocar nele. Era tudo o que eu queria.
Cheguei ao Aeroporto.

Adam
Olhei o relógio mais uma vez, então olhei para os lados, e nada da Mary, eu não queria pensar nisso, mas parece que ela não me quer mais, meu coração doía, martelava no peito, mas eu não podia fazer nada, só deixa-la ir. Era tão ruim que me deixava mal, pensar em mim sem ela.
Levantei-me da cadeira onde estava sentado e me dirigi a direção da multidão.

Mary
Corri para atravessar a multidão, mas ele não estava lá. Não estava lá. Será que ele pensou que eu não viria? Meu Deus, não! Não, ele não pode ter pensado nisso, ele é tudo para mim, eu não suportaria perde-lo. De novo.
Foi então que eu vi, uma confusão de cabelos cor de mel entre a multidão, era o Adam, só podia ser ele, tinha que ser ele.
- Adam! – gritei, a cabeça com os cabelos castanhos claros não virou, ele não me escutou. Droga!
Corri o mais rápido que pude, me apertando entre a multidão, empurrando um, apertando outro, até chegar nele.
Apertei seu ombro e ele se virou para me fitar, estava ainda mais bonito do que eu lembrava, mais maduro, mais homem.
- Adam – falei com uma voz cansada. Não pude me conter, passei a mão pelo seu rosto. – Você está mesmo aqui.
Uma lagrima caiu, e ele foi rápido o bastante para tirá-la dali.
- Ei! Não chore, eu estou aqui, e é pra sempre.
- Eu senti tanto a sua falta, Adam.
- Eu também.
Ele passou os braços pela minha cintura e eu passei os meus pelos seus ombros. Ele moveu seu rosto na minha direção e colou sua boca a minha. Eu estava com ele de novo.
- Eu pertenço a você, Adam – consegui sussurrar quase sem fôlego.
- E eu a você, Mary – sussurrou ele de volta, selando minha boca a dele mais uma vez.

Every single day
Every word you say
Every game you play
Every night you stay

I'll be watching you

Oh can't you see
You belong to me
How my poor heart aches
With every step you take

Every Breathe you take – The Police

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Only for you


Sempre que estiver triste
Sempre que estiver magoado
Lembre-se que estarei ao teu lado
Te protegendo como eu sempre fiz

Se algum dia precisar chorar
Se você, por algum motivo, sofrer
Procure-me no céu estrelado,
Na lua cheia
E eu estarei lá por você,
Só por você

Porque sempre que fecho os olhos posso te ver diante de mim
Consigo ver seu sorriso radiante
Seus olhos brilhando como estrelas
Sempre que fecho os olhos é por você
E só por você

Porque me sinto tão sozinho quando não está por perto?
Porque meu coração aperta quando não estou com você?
Eu ficarei aqui para quando precisar de mim
Ficarei por você e só por você

E se algum dia eu partir
Basta me chamar
Por um simples pensamento
E eu voltarei,
Voltarei só por você

Eu sou seu anjo e sempre vou te proteger
Eu estarei com você
Agora durma minha criança
Que vou estar aqui quando acordar,
Por você e somente por você

Por: Rayssa Façanha

sábado, 9 de janeiro de 2010

Acabou..

- Ele não me quer, ele não me quer – repetia ela, tentando entender a verdade, mas o que estava dizendo parecia tão impossível, tão banal, que sua mente não conseguia processar a informação.

Seu coração estava partido. Como aquilo pode ter acontecido de uma hora para a outra? Como ele pode ter deixado de amá-la assim? Há pouco tempo eles se amavam, ela era dele, e ele era dela. Duas almas se encontrando, foi mágico, épico, e então acabou.

Ela se encolheu ao pensar nisso. Mas isso era a verdade, não era? Ele não a queria, e ela não conseguia entender o porque. Eles eram perfeitos juntos.

Lembrou da ultima vez que eles encontraram-se, o dia do adeus, não fazia muito tempo. Foi no parque, o dia estava perfeito, claro, sem nenhuma nuvem no céu. Era difícil imaginar que alguma coisa ruim acontecesse em um dia desses.

Então ela o viu. Ele estava simples, mas lindo, como sempre estava para ela, mas tinha alguma coisa estranha, errada. Ele estava caminhando na sua direção, mas não olhava para ela como das outras vezes, e não estava sorrindo, parecia tão triste.

Quando ele chegou perto, um arrepio percorreu suas costas, e de repente ela entendeu tudo, eles eram tão perfeitos juntos que quase podiam ler os pensamentos do outro. Mas dessa vez ela rezou em silencio, implorou em silencio, que o que estava sentindo não fosse verdade. Que tudo aquilo não passasse de imaginação. Simples e pura imaginação.

Ele olhou para ela, e aqueles olhos verde-escuros que ela outrora achara misteriosos indecifráveis agora estavam transmitindo o que ele pensava. Ele desviou o olhar.

- Fale logo – disse ela com uma voz controlada, que não transmitia simplesmente nada do turbilhão de emoções dentro dela.

- Eu sinto muito – foi tudo o que ele conseguiu dizer.

- Tudo bem – disse ela com um meio sorriso, levantando-se para ir embora.

Ela passou por ele , mas ele não podia deixa-la ir, não ainda. Segurou o cotovelo ela fazendo-a girar para ele. Logo depois ela foi surpreendida por um abraço dele e sussurrando entre seus cabelos.

- Você faz parte da minha história, nem você, nem eu, nem ninguém pode mudar isso, é pra sempre. – Dizendo isso, ele apertou sua boca contra a dela. Uma ultima vez.

Isso a acertou como um furacão, porque ele tinha que deixar tudo tão difícil para ela? Isso era tão injusto.

Uma lagrima começava a se formar nos seus olhos, mas ela se recusou a deixa-la sair, se recusou em chorar, não podia ceder a fraqueza, seria tão ridículo.

-E-eu tenho que ir – ela conseguiu balbuciar.

Depois daquele dia, ela não era mais a mesma, ficava chorando pelos cantos, não queria comer nada.

Mas agora, depois de um tempo, ela não sentia vontade de chorar, na verdade ela começou a entendê-lo.

Eles eram tão perfeitos juntos, que tanta perfeição cansava. Cansava ter um relacionamento onde tudo era sempre certo, nunca acontecia nada. Eles pensavam da mesma maneira, tinham as mesmas opiniões. Nunca podiam discutir sobre um filme ou qualquer outra coisa.

Sim, ela o amava, mas aquilo nunca daria certo.

Piscou os olhos e uma lagrima saiu deles. A ultima que ela iria derramar. Levantou-se da cama, e foi em direção a porta, procurar pelo seu destino.