domingo, 30 de janeiro de 2011

What is it good for?

Acreditar no amor? Eu sinceramente não acredito. Viver eternamente apaixonado, viver só para o outro, para uma pessoa que você possivelmente nunca conhecerá de verdade? Não, isso não é pra mim.

Não que eu não ache bonito. É obvio que eu acho, afinal eu surgi de um grande amor entre dois adolescentes inconsequentes e despreparados, cresci em um ambiente cercada de todas as coisas boas que rodeiam o mundo.

Para falar a verdade eu acredito no amor, só não acredito que ele foi feito para mim. Prático.

- Mas você não tem curiosidade? Não quer saber como é? – Perguntou Lana, minha adorável amiga que se apaixona em média 5 vezes por semana. – Sabe como é... – ela mordeu o lábio inferior mostrando o quanto estava desconfortável com o rumo que a conversa tinha tomado.

Sorri para a adorável criatura sentada na minha cama.

- Pode falar a palavra, Lana, não é nada demais dizê-la. – Ela sorriu de volta para mim adorando a minha aprovação.

- Você nunca quis saber como é... amar, Brianna?

Sentei-me na cama ao lado dela pensando na resposta para aquela pergunta, eu realmente não tinha esperado algo desse aspecto vindo da boca dela.

Lana mexeu-se desconfortavelmente ao meu lado.

- Tudo bem se não quiser responder, Bri. Sei que você não gosta que falemos disso. – Ela colocou uma mecha de seu cabelo loiro claro atrás da orelha, uma das coisas que ela costuma a fazer quando está nervosa ou envergonhada.

- Não, por mim tudo bem, deixe-me só pensar numa resposta boa o suficiente. – Passaram-se alguns segundos sem que nenhuma de nós dissesse nada. Com um suspiro, eu comecei: - Sabe, Lana, eu já passei muito tempo querendo saber como é, acho que posso até ter me apaixonado algumas poucas vezes, mas acabei com o coração meio machucado. Então hoje eu prefiro não sentir isso de novo, acho que ninguém será bondoso comigo. Não me interprete mal, não estou dizendo que não estou dizendo que sou assexuada ou algo do tipo, eu adoro de ter uma boca junto a minha, gosto de ficar com garotos. Mas isso para mim não passa de diversão, não mais que isso.

- Mas, Bri, é tão mágico quando você ama alguém, e é mais mágico ainda quando esse sentimento é recíproco. Eu só não entendo como alguém pode renegar a isso.

Pensei um pouco em que falar, eu não gostava dessas conversas, sempre me deixavam um pouco mal, nunca sabia direito no que falar. Pode até ser que ela estivesse certa.

Eu acho lindo quando vejo dois velhinhos apaixonados, andando de mãos dadas como se fossem ainda jovens e tivessem toda a vida pela frente. Às vezes penso que gostaria de sentir isso novamente.

Mas então lembro da dor. Já tive um coração partido, conheço a dor, tive que catar os pedaços e agir como se nada tivesse acontecido. Eu só não quero sentir outra vez. Será que é um pecado tão grande assim?

- Amor, - Pensei em voz alta. – amor, amor, amor, amor. Todos só falam nisso. Para que isso é bom afinal? Absolutamente nada!

Lana olhou para mim boquiaberta.

- Para que é bom? Você ainda pergunta. – Sua voz era dura, mas seus olhos transmitiam a ternura e a preocupação que tinha para comigo. – Sem o amor para começar nós não seriamos nada. Você nunca viveu em um mundo sem amor, Bri, não sabe como é. Pra falar a verdade eu também não, mas acho que seria horrível.

- Eu sei, Lana, é que... eu não amar ninguém, isso não influencia em nada na minha vida.

- Pode apostar, Bri, você, algum dia vai sentir falta do amor.

Sorri.

- Quem sabe, Lana? Quem sabe algum dia eu não encontre alguém para quem eu realmente queira entregar meu coração.

- Esse dia vai chegar. E quando chegar eu estarei lá, na torcida por você.

O som de uma buzina de carro ecoou pelo meu quarto. Lana se levantou em um salto.

- O Jake chegou! – Falou ela alegremente, indo em direção a porta. Já estava quase saindo quando se virou para mim e sussurrou: - Ele vai chegar, eu sei que vai. Acredito nisso.

Me mandou um beijo e saiu.

Deitei na cama, cansada com aquela conversa exaustiva.

“Para que isso é bom afinal?” A frase que eu tinha dito há poucos minutos ecoava em minha mente. Quem sabe possa ser bom para algo, afinal?

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

New life!

Eu corria em velocidade máxima por aquela praia deserta iluminada somente pela lua, não me importava de minhas pernas implorarem por descanso, não me importava em meus músculos se contraírem em protesto pelo esforço. Tudo o que eu queria era fugir para o mais longe possível daquele lugar, o mais longe que eu pudesse dele.

Meu coração batia descompassado no peito, ferido, fechado, sangrando, morrendo.

Olhei pra trás uma vez. Não conseguia ver nada, a noite estava escura como breu, não conseguiria ver um palmo na minha frente nem se tentasse.

Será que ele estava vindo atrás de mim? Será que ele algum dia se importou com os meus sentimentos, pelo menos uma vez? Não, claro que não. Para ele eu não passei de uma brincadeira passageira. Ele brincou, foi divertido, mas perdeu a graça.

Não é o que sempre acontece? Amores se desgastam e acabam. Bom, foi amor pelo menos para mim, porque para ele eu sei que não foi. De jeito nenhum.

- Você é única pra mim, Julie. – Sussurrava Connor em meu ouvido fazendo uma corrente elétrica serpentear pelo meu corpo.

Como pude acreditar em mentiras tão mal contadas? Devia ter visto a mentira em seus olhos. Mas eu estava boba, encantada com ele, me deixei levar por suas mentiras de amor.

De repente senti uma dor incrível no meu pé esquerdo. Olhei para baixo e vi o que causará tamanha dor, eu tinha acabado de chutar uma pedra. Sentei-me no chão para avaliar o tamanho do estrago, meu pé estava completamente estragado. Não estragado de verdade, claro.

Sentei no chão e comecei a chorar, não por causa da dor em meu pé, isso era irrelevante. Comecei a chorar pelo meu amor não correspondido, pelo meu coração partido, por mim.

- Julie – Alguém gritava meu nome ao longe. Encolhi-me ao escutar. Será que era Connor procurando por mim, arrependido de todas as coisas que ele me disse?

Tirei aquilo de minha mente, não era Connor procurando por mim, e mesmo se fosse, depois de tudo o que ele me disse, não tinha o direito de me procurar, de estar arrependido.

A lembrança veio a mim como um furacão de emoções.

- O que você pensou? Que éramos fixos? – Ele gargalhou – Estava enganada garota, nunca fomos nada. Eu te peguei e pronto. Você é até gostosinha, mas não é boa o bastante pra mim. Se quiser que eu te pegue de novo tem que entrar na fila, meu bem. – Suas ultimas palavras foram repletas de sarcasmo.

Então foi assim que eu saí daquela festa e acabei assim, sozinha chorando para a lua.

- Julie, por favor apareça. - A voz agora estava mais perto e dava para reconhecê-la. Nathan, o meu Nathan, a única pessoa que nunca me abandonou na vida, meu melhor amigo.

Limpei as lagrimas que alagavam meu rosto na camisa branca.

- Aqui, Nate. – Gritei eu, impedindo a minha voz de tremer.

- Ah, Ju, Graças a Deus, você não sabe o quanto eu estava preocupado.

- Não precisa se preocupar, eu estou bem.

Seus olhos passaram por todo o meu corpo, analisando meu estado. E se detiveram no meu pé esfolado.

- Bem? Isso parece bem para você? – Perguntou ele.

- Pelo menos dá para andar – Revidei e tentei andar mostrá-lo que estava tudo bem, mas a dor que senti foi realmente insana. – Ai! – Reclamei.

- Não dá para andar coisa nenhuma – Disse ele se abaixando para me pegar no colo como se eu fosse um bebê.

- Deixa disso Nate, eu posso andar.

- A sua demonstração de que pode fazer isso foi incrível – Disse ironicamente.

Depois dessa eu tive que ficar calada. Então ficamos assim, ele e eu em um silencio constrangedor.

- Você sabe que aquele cara é um idiota completo, não sabe? – Disse ele, rompendo o silencio.

Eu ri, um riso cheio de dor e ironia.

- Eu sei, na verdade eu sempre soube, o duro é falar isso para o meu coração.

- É, eu sei. Mas você sabe que tem um monte de caras atrás de você.

Outra risada.

- Não mesmo, não tem ninguém atrás de mim.

- Tem sim.

- Me diga o nome de um só.

- Hm – Ele pensou. – Nathan Scott, serve? - Congelei, ele estava falando sério. – Olha, Ju, eu sei que você está magoada, e sei que esse não é o melhor momento para uma declaração de amor, mas eu quero que saiba que eu sempre fui apaixonado por você, desde pequeno.

Quando eu não disse nada, ele simplesmente colou seus lábios aos meus com certa delicadeza. Uma ultima lagrima escorregou pelo meus olhos, mas dessa vez não era lagrima de tristeza, nem de alegria, para falar a verdade eu não fazia ideia de qual emoção era aquela.

Eu só tinha uma certeza na vida agora: Alguém me amava, e esse alguém era meu melhor amigo, meu companheiro. Alguém que eu sempre amei também.

Nesse momento eu estava só um pouco atenta aos fogos brilhando acima de nós.

- Feliz ano novo. – Sussurrou ele em meu ouvido.

- Feliz vida nova. – Sussurrei de volta.

__________

Ciao amore mios! oi meus amores!

Só avisando que vou viajar pra Disney realizando meu sonho e vou passar uns dias fora, 15 para ser mais exata, e claro que não podia deixar vocês sem antes postar aqui né. Amo vocês.

Beijos brilhantes,

Ray.