quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Ps: Eu te amo.

Brincadeira de mau gosto. É só isso que explica o envelope destinado a Jane Simms, no caso a mim, de destinatário Stephen Simms. Mas isso é simplesmente impossível, Steph morreu faz um mês. Como alguém tem pode ser tão cruel e idiota para fazer isso comigo? Ninguém sabe que isso dói? Ninguém sabe que isso abre ainda mais a ferida que nem chegou perto de ser cicatrizada? Isso é mal, cruel, me mata por dentro e por fora.

Abri o envelope lilás (minha cor favorita) furiosamente, pensei em rasgar aquela carta sem ao menos lê-la primeiro, mas a curiosidade me atacou como um furacão. O que poderia ter escrito ali? E se tivesse mesmo sido o meu Steph que mandou? Se tivesse sido ele mesmo ali não poderia ter nada ruim, Stephen era uma das pessoas mais gentis e impressionantes que eu já conheci em toda a minha vida. Nunca seria capaz de machucar ninguém. Muito menos me machucar.

Comecei a ler:

Meu amor,

Eu ainda tinha esperanças de nunca ter que te mostrar essa carta, tinha esperanças que você nunca precisasse lê-la. Tinha esperanças de poder falar, tudo o que aqui está escrito, pessoalmente.

Dizia o primeiro parágrafo com a letra de Steph, não tinha como confundi-la, era uma letra garrafal levemente inclinada para a direita. Não restava duvidas agora. Foi ele que escreveu. Um nó se formou em minha garganta, lagrimas estavam prestes a desabar pelo meu rosto. Tratei de engolir a emoção e continuar a ler.

Sei que deve estar aborrecida comigo por não ter te contado da minha doença. Mas, por favor, me perdoe, eu não queria te preocupar, não queria te ver triste. A ultima coisa que eu queria ver enquanto vivesse era esse seu sorriso que me ilumina desde que eu comecei a viver, desde que eu te conheci, meu anjo. Eu sabia que se te contasse você não sorriria mais, ficaria preocupada pelos cantos e eu não quero isso, meu amor.

Eu ainda lembro do modo como a gente se conheceu, você se lembra Jan? Eu nunca pensei que fosse encontrar a mulher mais impressionante do mundo indo para o trabalho, no metrô. Você me conquistou a primeira vista. Eu te olhei e pensei “Essa é a mulher da minha vida” e só o tempo mostrou como eu não poderia estar mais certo, não é?

Você foi a garota mais difícil, não queria nada comigo, saiu do metrô, e eu sai atrás de você, fiquei insistindo até você aceitar um encontro comigo. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Não é esse o ditado? Foi exatamente assim. Eu Lembro como você sorriu de lado com esses seus olhos verdes brilhando para mim e disse à palavra que eu queria ouvir: “Sim”.

Meu amor, eu me odeio por não estar contigo agora, eu me odeio por tudo o que te fiz passar. Mas você não sabe o quanto te amei em vida, e nem a morte poderá mudar isso. Eu sempre estarei ao seu lado, mesmo que você não possa ver, esteja onde estiver eu estarei vendo você. Sempre.

Você sabe que eu sempre fui um egoísta e como é isso o que eu sou queria que você pudesse vir comigo, mas por mais que eu seja egoísta meu amor por você é ainda maior, então eu vou para onde devo ir, seja o inferno ou o paraíso, se é que tudo isso existe. Bem, agora eu acho que vou descobrir.

Eu estou com medo como eu nunca estive antes Jan. Eu não sei para onde vou. Meu único conforto é que você continuará bem, continuará vivendo, respirando. Mas, meu amor, para onde quer que eu vá não será tão bom quanto quando eu estou com você. Esse é o meu verdadeiro paraíso.

Jan, você não sabe quais efeitos que causa em mim, como quando você sorri de lado como se estivesse se desculpando, aquele sorriso faz meu cérebro congelar os pensamentos e só pensar em como você é a mulher mais perfeita do mundo em como eu sou o cara mais sortudo do mundo ao te ter do meu lado, ou então quando você fica com vergonha, começa a corar, passa as mãos pelos cabelos e dá um pequeno sorriso, nesse momento você parece tão frágil que tudo o que eu quero é te aconchegar em meus braços e nunca mais largar a minha linda boneca de porcelana. "Eu te amo" não chega a descrever o que sinto por você. O que sinto é muito mais que simples palavras. Explode no meu coração, toma conta do meu corpo, da minha alma, de todo o meu ser. Eu fui feito para existir para você, meu amor, somente para você e ninguém mais.

Eu não quero que chore, não quero que se acabe no nosso apartamento, ia me deixar triste se fizesse isso. Eu sei que um dia nós iremos nos encontrar novamente. E tenha certeza que eu estarei esperando por você, minha alma gêmea.

Você fez de mim uma pessoa melhor, você fez de mim um ser que eu não pensei que existisse, meu anjo, você me salvou! Agora deixe eu te salvar, faça o que eu te disse, não morra aos poucos. Viva! Faça isso por mim.

Ps: Eu te amo.

Do cara que sempre estará te protegendo.

Stephen Simms.

Não pude impedir as lagrimas de caírem agora. Stephen. Meu Steph. Meu anjo. Eu farei o que me pediu, eu sempre faço, não é mesmo?

- Eu te amo e te amarei para sempre, meu amor – Sussurrei apertando a carta contra meu peito.


Oi meus lindos!

Como vocês viram, esse texto é baseado no filme Ps 'I love you'. Filme lindo que merece ser visto ok? Geeeente, eu vou dedicar esse texto a uma leitora do blog que me ajudou muito via formspring! Vou explicar: tinha uma garota no meu blog falando coisas horrendas de mim, falou até que eu pago vocês pra lerem o meu blog! :O E todos vocês sabem que não é verdade já que eu sou mais lisa que sabonete. E essa anjinha, veio no meu formspring pra me defender, mesmo não tendo nada haver com a história! Obrigada por isso, flor!

Beijos com amor,

Ray.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Love and Hate

O amor é assim, te da o oxigênio para poder viver, mas também pode ser o veneno que lhe tira a vida. Eu acreditava ser um sortudo, um escolhido para viver o amor e contemplá-lo em toda sua gloria, mas, agora, vejo que estive me enganando esse tempo todo. Elizabeth me dera vida, mas também me tirara a mesma.

- Ora, ora, Kurt. Você devia ter percebido desde o começo. – Disse ela com um sorriso de deboche em seus lábios pintados de vermelho. – Agora vamos, deixe-me ir. Estamos em uma festa, vamos comemorar! – Ela levantou seus braços e já estava passando por mim, parecendo uma delicada e pequena bailarina.

Ah, não. Eu não iria deixá-la ir, não sem minha explicação.

Segurei seu braço com força, não me importando se iria machucá-la. Na verdade eu queria isso, queria que ela sofresse, queria ver o medo e o nervosismo em seu olhar. O amor se transformou em ódio.

Ela olhou para minha mão segurando seu braço e deu uma risada de escárnio.

- Ah, vamos Kurt! Ambos sabemos que você não é capaz de machucar nem uma mosca, imagina então machucar a mulher que você ama.

Apertei mais seu braço.

- Amava – Sussurrei eu. – Esse é o tempo para o que eu sentia por você. O Pretérito Imperfeito.

- Ok, Kurt, você já deixou seu recado, agora me solta! Você está me machucando mesmo! – Gritou ela contra mim. Ninguém iria escutá-la, a musica lá embaixo tocava o mais alto possível.

- Não, Elizabeth, o tempo em que eu fazia tudo o que você queria já passou. Eu agora não preciso de você. Não mais.

- Então o que você quer de mim, seu idiota? – Ela cuspiu as palavras para mim. – O que, diabos você quer de mim? Diga logo para que eu possa voltar para a festa onde é o meu lugar!

- Só quero saber o por quê. – Sussurrei.

- Porque você era necessário, agora não é mais. – Ela me encarou em toda sua arrogância. – E porque eu gostei de me divertir com você.

Minha mão se mexeu sozinha, indo em direção ao seu rosto de porcelana, com toda fúria que eu sentia dentro de mim.

Assim que minha mão atingiu seu rosto desejei não fazê-lo. Ela estava transformando o mocinho em bandido, ela estava se transformando em vitima. Elizabeth cambaleou para trás com o impacto de minha força contra seu delicado corpo. Assim que ela notou o que eu fiz, veio para cima de mim como um leopardo selvagem, pronto para matar e abocanhar a presa.

- Seu idiota, seu idiota – Repetia ela entre um tapa e outro. – Você quer saber a verdade? Então eu vou te dar a verdade. A verdade é que eu nunca te amei. Como amar um pequeno idiota como você, um garoto mimado que tem o que quer sempre na hora. E não um homem de verdade, um homem que realmente luta pelo que quer? Você é verdadeiramente o mais panaca que já conheci. Já enganei outros, mas você foi o mais fácil deles. Caiu de quatro por mim desde o primeiro momento. Como pode ser tão ridículo, garoto? Como pode ser tão burro a ponto de pensar que uma mulher pode gostar de você pelo que você é e não pelo que você tem. Você é o cara mais ridículo que já conheci!

Aquelas palavras foram para mim como um soco no estomago.

Não pude suportar. Apertei minhas mãos em torno de seu pescoço perfeitamente pálido. Não queria realmente enforcá-la. Minha mente gritava para eu parar, mas meus membros não me obedeciam.

Ela conseguiu agarrar um copo d’água e jogou-o em mim. Por esse instante de lucidez soltei minhas mãos de seu pescoço, deixando-a livre para fugir de mim. Do monstro que eu me tornei.

Ela já estava na porta quando Henry apareceu, bloqueando sua saída.

- Ah, graças a Deus você está aqui, Henry! – Disse Elizabeth, vestindo sua mascara de boa moça mais uma vez. – Ele... o Kurt enlouqueceu! Ele estava tentando me matar!

Henry virou para mim com cara de entediado.

- Cara, essa vadia ainda está aqui? Pensei que você já tinha se livrado dela.

- É difícil quando ela não para de falar. – Respondi.

- Vocês não podem estar juntos nessa. – Chorou Elizabeth.

Henry olhou para ela, entediado.

- Nada pessoal, gracinha. Mas você enganou o meu irmãozinho. E ninguém engana um Howard. Ninguém.

- Vocês são uns estúpidos. – Disse ela jogando todo o seu peso contra Henry. – Deixem-me passar. Senão...
- Senão o que? – Henry quis saber. – Vai fazer o que, gracinha?

- Senão eu grito.

- Ah, por favor, sabemos que você não é burra, e você sabe que ninguém vai te escutar com essa musica lá embaixo. - Disse Henry.

Ele tinha razão, ninguém escutaria.

Ela correu em direção a janela e tentou abri-la, mas nada aconteceu.

Henry virou para mim.

- Bem, eu meio que sabia que você não ia conseguir sozinho. Então te trouxe isso. – Ele tirou de seu sobretudo uma grande estaca de madeira. – Peguei a primeira coisa pontiaguda que vi na minha frente, então não me culpe por ser um pouco épico. – Ele riu da própria piada e jogou a estaca para mim.

Segurei-a no ar e fui em direção a Elizabeth.

- Por favor! – Implorou ela. – Por favor, Kurt, não faça isso comigo!

Hesitei, mas Henry não.

- Nada de por favor agora, gata. Você mesma pediu por isso.

Virei para olhar para Henry, ele viu a confusão em meus olhos. Tirou a estaca de minhas mãos e sussurrou:

- Devia saber que você não é homem o bastante para isso.

Ele estava pronto para enfiar a estaca nela. Mas eu não podia deixar que isso acontecesse. Eu queria que o ultimo rosto que Elizabeth visse fosse o meu.

Segurei a mão de Henry enquanto ele se preparava para enfiar a estaca em Elizabeth sem dó nem piedade.

- Deixe que eu faço. Eu vou conseguir.

Ele me entregou a estaca e trocamos de lugar, agora eu estava em frente dela e ele estava ao meu lado, dando-me apoio.

- Então faça! – Gritou ela. - Vamos logo, já que você está com tanta vontade. Sei que não vai conseguir. Você não passa de um menino tentando ser homem.

Fúria inflou meus sentidos, então sem pensar eu fiz. Enfiei a estaca em qualquer parte de seu corpo o máximo que pude.

Pude ouvir o baque de seu corpo sem vida caindo no chão.

- Pronto, mano. Agora você provou que é mesmo um homem. – Parabenizou-me Henry, dando-me um tapinha no ombro. – agora pode deixar que eu me livro dela pra você.

Henry saiu carregando Elizabeth nos braços.

Sentei-me na poltrona mais próxima, cansado de repente.

O amor fez de mim um idiota, mas também me transformou em um monstro.

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Hell-o friends.

Só avisando que esse conto foi baseado na imagem, e achei muito clichê se ela sobrevivesse. E não, eu não vou escrever tragédias sempre. Eu ainda tenho muitos romances escritos. Não me abandonem, amo vocês.

Besos,

Ray.

(1º lugar da 46ª edição visual - Projeto Bloínquês)

domingo, 14 de novembro de 2010

Suicídio de Palavras

As emoções acabaram, as mentes se separaram e agora seguiam caminhos diferentes, as palavras cessaram em um silencio mortífero, não tinham mais nada em comum além do passado, o feliz passado quando não passavam de dois adolescentes apaixonados, feitos um para o outro, felizes para sempre. Até aquele momento. Agora eram duas mentes confusas, estranhando a novidade de não ter alguém para chamar de seu. Passaram tanto tempo juntos que agora não se identificavam com a nova vida, mas ainda assim não se identificavam mais, a alma do outro que outrora fora tão conhecida, agora não passava de um breve desconhecido. Viam-se e não tinham como falar, suas bocas não se abriam, não havia dor ali, não havia sentimento, tudo não passava de um imenso vazio. Um suicídio de palavras.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O Dom

Isso não está acontecendo, não está acontecendo, NÃO PODE ESTAR ACONTECENDO.

- Michelly, você tem que me escutar – Disse ele, me seguindo a passos largos. Mostrando pelos meus sentidos o que a minha mente se negava a acreditar.

Cobri meus ouvidos com as mãos.

- Eu não tenho que te escutar, eu não posso te escutar. – Pressionei meus olhos mais uma vez, rezando para que fosse uma alucinação. Não era. Ele realmente estava ali.

- Então me diga, como você está me respondendo?

- Mágica. Coincidência. Só.

Ele veio para minha frente e pressionou suas mãos nos meus ombros com força.

- Não se engane, Chelly! Eu estou aqui. – Ele gritou para mim, na tentativa de me fazer acreditar. Mas eu não podia, podia?

- Não está! Ninguém pode te ver aqui. Isso é loucura Dylan.

- Não, não é, e você sabem muito bem que ninguém vai nos pegar aqui.

- Correção: Ninguém vai te pegar aqui. Todos vão pensar que eu estou louca. Como quando... quando... – Engoli minhas palavras. Falar em voz alta significava admitir minha derrota. Admitir que...

O mesmo sorriso que tantas vezes me fez querer abraçá-lo e beijar sua boca surgiu em seu rosto, mas agora esse sorriso estava sem cor.

- Chelly, eu preciso de você – Implorou ele.

- Não Dylan. Você precisa... precisa... De sei lá o que, mas não precisa de mim.

- Eu só preciso de três palavras. Só três palavras para saber que nada mudou. – Ele pediu mais uma vez.

Olhei-o bem nos olhos, deixei-me levar pela escuridão conhecida do seu olhar castanho-avermelhado. Era tão simples e seguro antigamente. Era tão fácil. Eu queria poder voltar no tempo, e apagar o fim da nossa história, como se tudo aquilo não tivesse existido. Mas não posso. O que está feito, está feito. E ninguém pode mudar isso. Nem mesmo eu.

- Eu... eu não posso, Dylan. – Uma lagrima escapou de meus olhos. Porque era tão difícil assim deixá-lo ir?

- Eu ainda te amo, Chelly.

Ele começou a se afastar de mim e foi desaparecendo.

Assim como os fantasmas costumam a fazer.

Conto de Halloween atrasado

domingo, 31 de outubro de 2010

Opostos


Ele, o garoto mais popular do colégio.

Eu, uma simples novata.

Ele, um guitarrista de banda.

Eu, uma pianista.

Ele, o garoto mais lindo do colégio.

Eu, a garota mais inteligente.

Ele, o cara dos meus sonhos

Eu, uma simples garota ao ver dele.

Andei furiosamente na direção oposta a ele.

- Clarisse. Vem aqui. – Chamou-me Alicia mais uma vez.

Fui até ela de má vontade.

- O que foi que aconteceu com você?

- Nada.

- Eu te conheço Clarisse. O que foi?

Engoli em seco, admitir o que estava acontecendo seria admitir minha fraqueza, mas eu não podia mentir, não para Alicia, a quem eu conheci recentemente, mas já virou minha melhor amiga.

- Ele, Alicia. – Falei olhando além do seu ombro.

Alicia virou-se nada discreta e começou a encará-lo descaradamente, senti meu rosto ferver de vergonha. Pare de olhar Alicia, ele vai notar.

- O que tem o Derek, Clar?

- Eu... – Respirei fundo, mal acreditando no que iria falar. – Eu gosto dele, Alicia.

- O que? – sua expressão perplexa mostrava o quanto ela estava surpresa.

- Isso mesmo que você ouviu. – Virei-me e comecei a andar novamente, Alicia veio andando atrás de mim.

- Mas, você tem esperanças?

Balancei a cabeça negativamente. Mentindo.

Alicia pareceu mais aliviada quando voltou a falar:

- Bem, nada contra ter esperanças, sabe aquela frase ‘Os opostos se atraem’ – Ela não faz à mínima ideia do quanto está certa - acho que é verdadeira, mas também acho melhor você não criar esperanças esse cara só liga pra ele.

Lembrei então do toque de Derek em meu pescoço, sua boca suave traçando uma trilha de beijos pelo meu rosto até chegar a minha boca. Todos os pelos do meu corpo arrepiando-se em resposta ao seu toque.

Mas eu não podia contar nada para ninguém. Nunca. Nem em um milhão de anos. Se alguém, algum dia, descobrisse que eu namoro escondido com Derek estaria tudo perdido, iriam começar as provocações e nunca mais teríamos paz novamente.

- Olá – disse Alicia tentando chamar minha atenção. – Terra para Clar, vamos senão vamos perder a primeira aula.

A minha primeira aula era de biologia, a da Alicia era de álgebra, despedimo-nos e cada uma foi para suas respectivas aulas.

Quando entrei na sala não havia praticamente ninguém lá, e as pessoas que estavam não prestavam atenção em mim, somente uma, que olhava para mim com um largo sorriso no rosto. Derek já estava sentado no lugar de sempre, esperando somente por mim.

Sentei-me na frente dele. Senti seus lábios quentes em meu pescoço e estremeci de prazer.

- Eu estava morrendo de saudades – sussurrou ele em meu ouvido.

- E eu de você. – Respondi.

Como fui parar nessa situação mesmo? Amar alguém sem poder falar.

Lembrei da primeira vez que Derek me beijou. Estávamos brigando. Como sempre.

- Você é um estúpido Derek Holles.

- Pelo menos eu tenho popularidade, você sabe o que é isso? Alguma vez na sua vida você teve todas as pessoas ao seu redor querendo ser suas amigas, fazer de tudo para lhe agradar?

Trinquei os dentes. Ele tinha acertado o meu ponto fraco. Não, eu nunca tive ninguém ao meu redor prontos para fazer tudo o que eu queria, nunca na minha vida eu tive milhares de pessoas querendo ser minhas amigas.

- Todas menos eu. – Disse eu entre dentes. – Para mim você não passa de um otário Derek. Por mim você podia se explodir que o mundo ficaria bem melhor.

Comecei a andar. Escutei passos atrás de mim. E um leve sussurro na minha nuca.

- Não tão rápido Clarisse.

Ele puxou meu braço fazendo com que eu ficasse de frente para ele. Ficamos imóveis por um tempo. Nossos rostos a centímetros de distancia, até que ele aproximou ainda mais seu rosto do meu fazendo sua boca encostar a minha. Fazendo fagulhas de eletricidade espalharem-se por todo o meu corpo.

- Bom dia a todos – A voz da Srta Marris ecoou pela sala trazendo-me de volta ao presente.

O dia passou lento e melancolicamente.

Agradeci aos céus quando a aula acabou e fui em direção ao ginásio onde sempre encontrava Derek, mas alguém já estava lá. Eu já ia embora quando escutei sua voz.

- Eu adoro você Lana.

Escutei o riso da garota. Olhei pela porta entreaberta e vi Lana beijando Derek, o meu Derek. O meu namorado.

- Eu já sabia disso Dek – disse ela quando os dois pararam para respirar.

Agora foi a vez dele de rir.

Eu não sabia o que pensar. Não sabia o que fazer. Lana e Derek? Derek e Lana? Não é possível, não pode ser possível.

Quanto tempo desperdicei com Derek. Quantas aulas de piano perdi por sua causa. Quanto tempo da minha vida perdi com ele. Uma lagrima desceu pelo meu rosto.

Comecei a andar, queria ir o mais longe dali possível, se pudesse eu desapareceria.

Uma voz começou a sussurrar em minha mente, uma voz que há muito tempo eu deixei de escutar, que eu fiz questão de bloquear.

“Te disseram que opostos se atraem, mas nunca disseram que opostos dão certo.” Disse minha consciência.

Hey Soul Sisters (8)

e aí galera, faz tempo que eu não posto hein? Estou com uma coisinha linda ironia clássica chamada bloqueio. A salvação é que eu tenho alguns outros textos pra vocês. Estou cheia de coisas, sério. No meu colégio vai ter um simuladão do ENEM valendo nota e eu ainda nem peguei no livro, então vocês me entendem, não é? Fiquem despreocupados, não vou largar o blog. Já tenho ele ha tanto tempo que não imagino a minha vida sem o GAS garota de all star. dã. Enfim, era só isso mesmo. AH, outra coisa, dedico essa história a uma garota que é indispensavel aqui no blog. Que lê sempre e sempre comenta. Essa aqui é sua Julyana, espero que goste.

Beijinhos Fantasmagoricos nesse dia das bruxas.

Ray.

PS: depois eu faço um texto de halloween, quando eu estiver com mais imaginação :B

sábado, 2 de outubro de 2010

Desconhecidos

As pessoas andavam apressadas a minha frente, chequei mais uma vez o relógio, já eram três da tarde. A ansiedade me fez vir uma hora mais cedo do que o necessário ao aeroporto. Fazer o que? Essa sou eu.

Levei meus olhos de volta ao livro que estava em minhas mãos, eu o tinha comprado há poucos minutos. Peguei o primeiro livro que vi na estante da livraria do aeroporto, só para tentar fazer o tempo passar mais rápido. Isso, senhoras e senhores, se chama tédio.

- Bom esse livro, não? – Falou uma voz máscula a minha frente.

A principio não pensei que estivesse falando comigo, mas logo senti a presença de alguém a minha frente. O corpo da pessoa irradiava calor para o meu corpo.

Levantei a cabeça, mas apenas pude ver a silhueta negra já que a luz solar batia contra as suas costas.

- Desculpe, senhor, - Disse eu um pouco incomodada pela sua presença – está falando comigo?

Ele deu uma risada curta.

- E por acaso está vendo outra pessoa com livro por aqui?

Olhei para os lados, não havia ninguém sentado do meu lado esquerdo e do meu lado direito, há duas cadeiras de mim para ser mais exata, estava sentada uma mulher com um bebê dormindo suavemente entre seus braços.

- É, eu acho que não – Respondi sem graça pela minha idiotice.

O homem sorriu, dava para ver o contraste de sua silhueta escura e seus dentes brancos.

- Posso? – Perguntou ele olhando para o lugar vago a minha esquerda.

- Ah, claro.

Ele se sentou e ficamos em um silêncio incomodo. Agora eu podia vê-lo direito. Ele parecia ter 20 anos, tinha os olhos azuis-claros, a pele bronzeada e os cabelos escuros. Eu tinha que admitir, ele era um cara bonito.

Voltei a ler o livro, não demorou muito até ele quebrar o silencio.

- Bem, você não me respondeu.

- Ah, desculpe, você falou comigo?

- Pelo menos agora não me chamou de senhor, assim eu me sinto mais velho. – Ele sorriu.

- Desculpe por isso, não conseguia ver seu rosto, então não podia saber sua idade. – Dei um meio sorriso sentindo meu rosto arder em chamas.

- Mas ainda assim não respondeu a minha pergunta.

- Ah, é. Qual era ela mesmo?

- Esse livro é ótimo, não é?

Olhei o livro em minhas mãos.

- É sim, ainda estou no começo, mas prendeu a minha atenção. - Bem, isso não era exatamente verdade, o comecinho era chato, mas a partir do capitulo dois as coisas começavam a melhorar.

- Adam. Prazer. – Ele estendeu sua mão para um comprimento.

- Bom, eu não digo meu nome a estranhos, Adam, faremos de conta que meu nome é Lindsay.

- Ok... Lindsay, mas um dia eu saberei seu nome?

Sorri.

- Quem sabe?

Conversamos sobre tudo, ele não me perguntou meu nome outra vez. Adam era um andarilho, vivia viajando para outros lugares, nasceu na Itália, mas seus pais são americanos, por isso o nome. Agora ele veio para os Estados Unidos para finalmente conhecer a terra de seus pais.

- Sabe L, você tem que conhecer Roma. E não é só porque nasci lá. Tudo é maravilhoso. Pode confiar em mim.

Eu sabia que podia. Adam tinha me falado dos cantos mais maravilhosos que tinha ido: Grécia, Egito, Austrália. Um milhão de lugares perfeitos. Mas ele era filho de pais ricos, largou a faculdade para poder viajar pelo mundo. Não é como eu, que tenho que construir meu futuro.

- Passageiros do voo 247, em direção a Londres – Falou uma voz vinda do autofalante – Por favor, ir em direção a sala de embarque 6.

Chequei o relógio, 4 horas. Meu Deus. Como o tempo pode ter passado tão rápido?

Levantei-me em um pulo.

- É o meu voo – Disse extasiada de emoção.

Adam se levantou também.

- Pelo menos eu sei aonde a toda misteriosa Lindsay vai. Londres, belo lugar. Ótimo gosto, L.

- Obrigada – Disse sem jeito.

- Não há de que. Vai ficar quanto tempo lá?

- Isso só Deus sabe. – Sorri. – Então, acho que isso é um adeus.

- Não tão rápido, menina. Vou pelo menos te acompanhar até a sala de embarque. – Dizendo isso ele pegou minhas malas como se não tivesse nada contido nelas.

- Obrigada – Repeti mais uma vez.

Andamos em puro silencio ao lado um do outro. Correntes elétricas passando de seu corpo ao meu. Um aperto surgiu no meu peito ao ver o grande letreiro em cima da porta: ‘Sala 6’. Eu queria ir, mais que tudo, mas queria ficar também, mais que tudo. Como ter as duas coisas? Como ir e ficar ao mesmo tempo? Eu já sabia a resposta: Eu não podia. Tinha que escolher.

Fiz a escolha da minha vida. Londres.

Adam congelou ao meu lado.

- Bom, acho que agora é um adeus não é? – Minha garganta secou.

Ele deu um aceno rápido com a cabeça com a cabeça parecendo não acreditar no fim, mas eu acreditava. Estava vivenciando ele.

Peguei minha mala de sua mão e comecei a caminhar em direção a sala.

De repente um braço forte segurou o meu. Adam fez com que eu virasse para que eu pudesse ficar de frente para ele e fitar seus olhos azuis cor do mar.

Não percebi o que ele queria fazer. Juro que não, foi só quando ele deixou seu rosto rente ao meu, olhando fixamente para a minha boca que eu vi.

Adam segurou meu rosto entre suas mãos, trazendo sua boca cada vez mais perto da minha. Lentamente suas mãos deslizaram pelo meu corpo até chegarem a minha cintura. Ele me apertou contra seu corpo, se não fosse impossível eu diria que naquele momento éramos um só ser.

Sua boca se encaixou a minha, sufocando meus pensamentos, matando a minha razão, dando lesões graves ao meu corpo. Ninguém em toda a minha vida tinha me beijado de tal maneira. Com tamanho desejo, com tanta urgência e ao mesmo tempo com tanta dor.

Algum tempo se passou sem que parássemos de nos beijar, podiam ser minutos ou horas, só paramos quando ambos estávamos sem ar.

- Um nome, só preciso de um nome. – Implorou ele em um sussurro cansado com sua boca a centímetros da minha.

Eu não era capaz de negar nada a ele, não agora. Se ele queria meu verdadeiro nome, ele iria tê-lo.

- Meggan – sussurrei sem ar. – Meu nome é Meggan.

- Meggan. Eu prometo que nós vamos nos encontrar novamente.

- Como você pode ter tanta certeza?

- Eu só sei.

Ele me soltou e eu pude ir em direção a porta. Mal escutei a comissária de bordo tentando me mostrar o caminho até minha poltrona.

Sentei-me nela com um sorriso nos lábios dormentes e com a promessa de que iria vê-lo novamente.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Jardim de lembranças.

Aquele jardim perfeito se estendia a minha frente, mas agora toda a magia que ali continha não passava de cinzas, as lembranças dos momentos prazerosos que vivemos ali faziam meu coração latejar dentro do peito.

Eu sentia falta daqueles momentos, sentia falta da minha antiga vida, antes daquele turbilhão de emoções, antes do adeus.

Era o primeiro dia da primavera, tentei refazer o mesmo ritual das primaveras passadas, um piquenique em nosso jardim particular, mas parecia tudo tão sem cor, sem sentimentos, sem amor.

Peguei uma margarida das muitas que se espalhavam ao meu redor, cheirei-a na tentativa de voltar a sentir alguma coisa.

Nada.

Um vazio se espalhava pelo meu peito, tomando conta de todo o meu corpo.

Aos poucos o vazio ia se modificando, dando lugar a outro sentimento, cheirei-a novamente, tentando me agarrar àquele sentimento, tentando sentir alguma coisa, o que quer que fosse. Eu precisava sentir de novo.

Mas o sentimento que veio no lugar do vazio era o único que não poderia ser sentido. Era a saudade.

Soltei a margarida fazendo com que ela voasse solta ao vento. Eu queria ser aquela margarida, sem lugar onde pousar, deixar o vento me levar para onde ele quisesse. Porque eu não poderia fazer aquilo?

Lagrimas formaram-se em meus olhos, a dor que se apertava meu peito parecia com a do primeiro dia, eu morria de saudades de Bruce, sentia falta do seu aperto, do seu abraço, sentia falta dos passeios ao dia quente, sentia falta das tardes em casa nos dias de chuva, sentia falta do seu beijo...

Não! Alertei a mim mesma, eu não podia pensar no beijo de Bruce, não podia pensar nos braços dele envolvendo-me. Pensar nele era como abrir uma enorme ferida ainda não cicatrizada.

Tentava não chorar quando estava na frente dos outros, me manter forte, fria como uma rocha, mas não podia resistir ao impulso de chorar quando estava sozinha.

Sempre que eu precisava dele eu vinha nesse jardim, no nosso jardim, era o lugar que mais trazia a lembrança de Bruce.

E isso era tudo a que eu podia me agarrar...

As lembranças.

Fazia um dia perfeito, o céu estava claro e limpo, sem nenhuma nuvem no céu. Era o primeiro dia da primavera, como hoje, mas, naquele tempo, eu ainda tinha Bruce.

Corríamos livres pelo nosso jardim, ele tentava me segurar, mas eu sempre conseguia fugir dele de alguma forma.

- Vem aqui. – Pedia ele tentando me segurar.

- Não senhor! – Eu falei entre os risos, uma vertigem se espalhava pelo meu corpo, deixando-o dormente. Sempre que estava com Bruce era assim, meu corpo todo adormecia, minha mente desligava a lógica, deixando somente lugar para a emoção. – Vai ter que me pegar primeiro.

Bruce conseguiu me pegar pela cintura. Virou-me para que ficássemos frente a frente um para o outro.

- Eu te amo – sussurrou ele para mim.

Aquelas três palavras que sempre eram ditas me deixavam sem ar, faziam o meu peito inflar de tanta alegria.

- Eu também te amo, te amo mais que tudo.

E depois de tudo aquilo, depois de tudo o que vivemos, veio a notícia.

Foi em uma tarde no fim de outono, mas não parecia outono, parecia inverno, o frio estava em todos os lugares. Foi com lágrimas nos olhos que ele anunciou que teria que me deixar, se mudaria.

- Não chore assim, eu vou voltar, eu juro. – Disse ele, passando os braços pela minha cintura.

Eu não conseguia me controlar, as lágrimas caíam furiosamente de meus olhos.

Afundei minha cabeça em seu ombro, ensopando sua camisa branca com as minhas lágrimas.

Um barulho estranho fez com que as memórias cessassem. Limpei as lágrimas que saíram de meus olhos sem que eu notasse.

Uma silhueta adentrou o meu jardim, a primeira vista não reconheci a forma, mas a medida que se aproximava reconheci. Era Bruce.

Acreditei que meus olhos pregavam uma peça em mim, a saudade fez com que eu criasse um Bruce imaginário a minha frente.

- Porque parece tão surpresa? – Perguntou ele, olhando cauteloso para mim. – Eu prometi que ia voltar, não prometi, Amber?

Bruce se aproximou de mim dando passos cautelosos como se não quisesse me assustar.

- Amber, você está bem? – Ele parecia preocupado. Custava-me acreditar que ele estava mesmo ali, não era uma simples ilusão.

Ele segurou meu rosto entre suas mãos quentes, todas as células do meu corpo ficaram fora de controle ao seu toque, não resisti a pegar seu rosto entre minhas mãos também.

- Você está mesmo aqui, não é só mais uma ilusão. – Sussurrei emocianada.

Outra lágrima escorregou entre meus olhos traçando uma trilha em meu rosto, ele logo tratou de limpá-la.

- É claro que estou aqui, meu anjo, eu voltei por você.

Então ele me abraçou, fazendo o que ele sabia fazer de melhor, me anestesiar.

E aquela mágica tarde de primavera realizou meu desejo. Trouxe meu Bruce de volta para mim

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Pura Mágica - Parte 2

Parte 1 - Parte 2

Eu simplesmente...a odeio.
É sério, Emma (ou Illusion, como quiser chamar) chegou há poucas semanas e já está me causando transtornos.

Derek tinha razão, eu simplesmente não fazia ideia do que ela era capaz, eu estava convencido de ser o melhor que nem me preocupei com a ameaça que ela poderia trazer para mim, para o meu show.

Mas agora, que estou prestando mais atenção, eu sinto sua energia, sinto seu poder. Ela é uma mágica, uma pessoa do meu tipo, mas isso não faz com que eu goste mais dela, na verdade, faz com que ela me irrite ainda mais, há algumas semanas eu era o único mágico por aqui, ou o único real, pelo menos, e de repente essa garota parece surgir do nada com poderes... Incríveis, tenho que admitir. Mas ela era perigosa, eu tinha que admitir isso também.

Eu não posso deixar que ela me intimide, não posso deixá-la fazer isso. Levantei-me da minha cama, vesti uma camisa qualquer e fui em direção ao auditório de ensaios. Era obvio que eu não deixaria uma menina ser melhor mágica que eu.

estava prestes a entrar no auditório quando escutei um choro baixo vindo de dentro do local. Hesitei em abrir a porta e por fim decidi escutar o que a voz estava dizendo.

Encostei meu ouvido na porta.

- Eu sinto tanto a falta de vocês, – Sussurrou a voz que me era vagamente familiar fungando suavemente. – sei que vocês estão em um lugar melhor, mas eu não posso evitar eu simplesmente – a doce voz feminina falha, parecia que estava engolindo em seco. – eu simplesmente não acredito que vocês se foram.

Ela parou de falar, eu ainda podia escutar o choro baixo vindo por trás da porta e tinha a sensação de que conhecia a dona da voz e isso me deixava inquieto, eu queria entrar lá e abraçar a pessoa fosse ela quem fosse e dizer que tudo ia ficar bem. Afinal, de quem diabos era aquela voz?

- E Clair, - recomeçou a voz – onde será que ela está? Ela está com vocês? Ah meu Deus, não! – gritou, então pareceu se controlar e voltou a sussurrar - Por favor não. Clair não pode estar morta, ela é a única pessoa que eu tinha, ela não pode morrer.

A sensação de super proteção cresceu dentro de mim, de quem quer que fosse aquela voz ela tinha um poder curioso sobre mim. Abri a porta sem nenhuma cerimônia, tudo o que eu pensava era em fazer aquela voz parar de chorar.

O choque veio a mim quando vi a pessoa que estava curvada como uma bola olhando para uma fotografia.

Emma se levantou em um pulo a adquiriu uma postura defensiva como se a qualquer momento eu fosse para cima dela e fossemos começar a lutar.

- O que você quer aqui? – Sibilou ela, furiosa.

- Bem, eu vim aqui ensaiar. – Disse eu com ar despreocupado. Ou eu esperava que fosse um tom despreocupado.

- Eu já estou ensaiando. Saia já daqui.

Arrisquei alguns passos a frente, a postura dela ficava cada vez mais tensa, ela estava se preparando para me atacar, mas por quê?

- Eu disse para sair! – Gritou ela.

Dava para ver o brilho de seu rosto causado pelas lagrimas, aquilo causou um aperto no meu peito, vê-la tão frágil me fez lembrar a minha irmãzinha, da minha irmã que aqueles malditos caçadores tiraram de mim.

- Eu não vou sair.

- Ah, você vai sim! – Gritou ela novamente.

Ela me fez levitar para eu não poder chegar perto dela, e eu sabia o que viria a seguir, ela me arremessaria longe, mas eu também tenho poderes. Voltei para o chão e caminhei em sua direção, mesmo com todo o seu poder lançado contra mim. Ela pode ser poderosa, mas eu tenho a experiência ao meu lado.

- Saia daqui, Andrew. – Ela lançava cada vez mais ondas de poder na minha direção.

Quando cheguei perto eu estava ofegando pela força que ela me fez usar.

- O que aconteceu, Emma? Porque estava chorando? – Quis saber.

- Isso não te interessa. – Ela levantou a mão para me bater, mas eu a segurei no ar, apoiei minha outra mão em seu rosto e a puxei para mim.

Nossos lábios se encontraram. A textura de seus lábios eram macios mas sua boca era resistente a mim, menos de um minuto se passou antes que ela se soltasse e sua mão atingisse meu rosto com tudo o que ela podia. E tenho que falar, essa garota tinha a mão pesada.

- Você vai me pagar por isso, Collins! – Sibilou ela, correndo em direção a porta, me deixando sozinho.

Não sei porquê a beijei, eu ainda a odeio.

Mas sei que ela vai me trazer problemas, enormes problemas.

Hey Friends!
Desculpem todo esse tempo sem postar, vocês não sabem como está sendo minha vida e blabla. Enfim galera, essa aqui é a segunda parte, falta a ultima. Eu estou adorando escrever pura mágica, e vocês? estão gostando? Tomara que sim. Notei que os comentários andam escassos ultimamente. O que foi que aconteceu gente?
Pessoal, uma ultima coisinha: eu estou participando de uma promoção e quero muito ganhar, me ajudem, se cadastrem também na promoção aqui!
Beijinhos recheados de chocolate!
Ray