terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Love and Hate

O amor é assim, te da o oxigênio para poder viver, mas também pode ser o veneno que lhe tira a vida. Eu acreditava ser um sortudo, um escolhido para viver o amor e contemplá-lo em toda sua gloria, mas, agora, vejo que estive me enganando esse tempo todo. Elizabeth me dera vida, mas também me tirara a mesma.

- Ora, ora, Kurt. Você devia ter percebido desde o começo. – Disse ela com um sorriso de deboche em seus lábios pintados de vermelho. – Agora vamos, deixe-me ir. Estamos em uma festa, vamos comemorar! – Ela levantou seus braços e já estava passando por mim, parecendo uma delicada e pequena bailarina.

Ah, não. Eu não iria deixá-la ir, não sem minha explicação.

Segurei seu braço com força, não me importando se iria machucá-la. Na verdade eu queria isso, queria que ela sofresse, queria ver o medo e o nervosismo em seu olhar. O amor se transformou em ódio.

Ela olhou para minha mão segurando seu braço e deu uma risada de escárnio.

- Ah, vamos Kurt! Ambos sabemos que você não é capaz de machucar nem uma mosca, imagina então machucar a mulher que você ama.

Apertei mais seu braço.

- Amava – Sussurrei eu. – Esse é o tempo para o que eu sentia por você. O Pretérito Imperfeito.

- Ok, Kurt, você já deixou seu recado, agora me solta! Você está me machucando mesmo! – Gritou ela contra mim. Ninguém iria escutá-la, a musica lá embaixo tocava o mais alto possível.

- Não, Elizabeth, o tempo em que eu fazia tudo o que você queria já passou. Eu agora não preciso de você. Não mais.

- Então o que você quer de mim, seu idiota? – Ela cuspiu as palavras para mim. – O que, diabos você quer de mim? Diga logo para que eu possa voltar para a festa onde é o meu lugar!

- Só quero saber o por quê. – Sussurrei.

- Porque você era necessário, agora não é mais. – Ela me encarou em toda sua arrogância. – E porque eu gostei de me divertir com você.

Minha mão se mexeu sozinha, indo em direção ao seu rosto de porcelana, com toda fúria que eu sentia dentro de mim.

Assim que minha mão atingiu seu rosto desejei não fazê-lo. Ela estava transformando o mocinho em bandido, ela estava se transformando em vitima. Elizabeth cambaleou para trás com o impacto de minha força contra seu delicado corpo. Assim que ela notou o que eu fiz, veio para cima de mim como um leopardo selvagem, pronto para matar e abocanhar a presa.

- Seu idiota, seu idiota – Repetia ela entre um tapa e outro. – Você quer saber a verdade? Então eu vou te dar a verdade. A verdade é que eu nunca te amei. Como amar um pequeno idiota como você, um garoto mimado que tem o que quer sempre na hora. E não um homem de verdade, um homem que realmente luta pelo que quer? Você é verdadeiramente o mais panaca que já conheci. Já enganei outros, mas você foi o mais fácil deles. Caiu de quatro por mim desde o primeiro momento. Como pode ser tão ridículo, garoto? Como pode ser tão burro a ponto de pensar que uma mulher pode gostar de você pelo que você é e não pelo que você tem. Você é o cara mais ridículo que já conheci!

Aquelas palavras foram para mim como um soco no estomago.

Não pude suportar. Apertei minhas mãos em torno de seu pescoço perfeitamente pálido. Não queria realmente enforcá-la. Minha mente gritava para eu parar, mas meus membros não me obedeciam.

Ela conseguiu agarrar um copo d’água e jogou-o em mim. Por esse instante de lucidez soltei minhas mãos de seu pescoço, deixando-a livre para fugir de mim. Do monstro que eu me tornei.

Ela já estava na porta quando Henry apareceu, bloqueando sua saída.

- Ah, graças a Deus você está aqui, Henry! – Disse Elizabeth, vestindo sua mascara de boa moça mais uma vez. – Ele... o Kurt enlouqueceu! Ele estava tentando me matar!

Henry virou para mim com cara de entediado.

- Cara, essa vadia ainda está aqui? Pensei que você já tinha se livrado dela.

- É difícil quando ela não para de falar. – Respondi.

- Vocês não podem estar juntos nessa. – Chorou Elizabeth.

Henry olhou para ela, entediado.

- Nada pessoal, gracinha. Mas você enganou o meu irmãozinho. E ninguém engana um Howard. Ninguém.

- Vocês são uns estúpidos. – Disse ela jogando todo o seu peso contra Henry. – Deixem-me passar. Senão...
- Senão o que? – Henry quis saber. – Vai fazer o que, gracinha?

- Senão eu grito.

- Ah, por favor, sabemos que você não é burra, e você sabe que ninguém vai te escutar com essa musica lá embaixo. - Disse Henry.

Ele tinha razão, ninguém escutaria.

Ela correu em direção a janela e tentou abri-la, mas nada aconteceu.

Henry virou para mim.

- Bem, eu meio que sabia que você não ia conseguir sozinho. Então te trouxe isso. – Ele tirou de seu sobretudo uma grande estaca de madeira. – Peguei a primeira coisa pontiaguda que vi na minha frente, então não me culpe por ser um pouco épico. – Ele riu da própria piada e jogou a estaca para mim.

Segurei-a no ar e fui em direção a Elizabeth.

- Por favor! – Implorou ela. – Por favor, Kurt, não faça isso comigo!

Hesitei, mas Henry não.

- Nada de por favor agora, gata. Você mesma pediu por isso.

Virei para olhar para Henry, ele viu a confusão em meus olhos. Tirou a estaca de minhas mãos e sussurrou:

- Devia saber que você não é homem o bastante para isso.

Ele estava pronto para enfiar a estaca nela. Mas eu não podia deixar que isso acontecesse. Eu queria que o ultimo rosto que Elizabeth visse fosse o meu.

Segurei a mão de Henry enquanto ele se preparava para enfiar a estaca em Elizabeth sem dó nem piedade.

- Deixe que eu faço. Eu vou conseguir.

Ele me entregou a estaca e trocamos de lugar, agora eu estava em frente dela e ele estava ao meu lado, dando-me apoio.

- Então faça! – Gritou ela. - Vamos logo, já que você está com tanta vontade. Sei que não vai conseguir. Você não passa de um menino tentando ser homem.

Fúria inflou meus sentidos, então sem pensar eu fiz. Enfiei a estaca em qualquer parte de seu corpo o máximo que pude.

Pude ouvir o baque de seu corpo sem vida caindo no chão.

- Pronto, mano. Agora você provou que é mesmo um homem. – Parabenizou-me Henry, dando-me um tapinha no ombro. – agora pode deixar que eu me livro dela pra você.

Henry saiu carregando Elizabeth nos braços.

Sentei-me na poltrona mais próxima, cansado de repente.

O amor fez de mim um idiota, mas também me transformou em um monstro.

_____________________________

Hell-o friends.

Só avisando que esse conto foi baseado na imagem, e achei muito clichê se ela sobrevivesse. E não, eu não vou escrever tragédias sempre. Eu ainda tenho muitos romances escritos. Não me abandonem, amo vocês.

Besos,

Ray.

(1º lugar da 46ª edição visual - Projeto Bloínquês)

20 comentários:

  1. "O amor é assim te dá o oxigênio para poder viver, mas também pode ser o veneno que que lhe tira a vida"
    Gostei dessa ideia de amor e desamor! Porque o amor invade, mas quando o desamor aparece, tudo se perde...
    Continue assim :)
    bjs

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  2. Caramba! Ao ler, me senti tão...tão dentro da história. Sabe como é isso?
    Senti amor, fúria, raiva, dó...
    Parabéns!
    O que você fez foi ótimo! ;D

    :*

    Visita lá? primeiro-livro.blogspot.com

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  3. Uau! Adorei, é bem realista. Apesar das pessoas não saírem enfiando estacas umas nas outras #euacho Mas já tive vontade de fazer isso xD
    :*

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  4. Que tragédia mesmo... ela era uma vampira? rs

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  5. Nossa. Adorei a história e seu blog, você escreve muito bem.

    E a imagem de TVD, teve tudo haver com a história.

    Seguindo aqui :D

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  6. Adorei o seu blog, parabéns!! Adorei o conto também, muito bacana.
    Bem, quando puder, faz uma visitinha no meu blog também, tá?
    beijocas.

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  7. Ah Raah, eu gostei bastante! Mesmo não sendo esse o seu estilo de contos, mas ficou bem feito.
    Beijos minha amiga super escritora!

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  8. Blog muito bom... adorei, já to seguindo.. pode visitar o meu?

    http://meulook-s2.blogspot.com/

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  9. jà sei por quem vou torcer...Espero mesmo que tu ganhe.
    O conto ficou perfeito, serio!
    Boa sorte *-*
    E se puder visite: http://denovomaisumavez.blogspot.com

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  10. Nossa, você escreve tão bem ! amei , amei ..

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  11. Seu blog é MUITO lindo, adorei tudo aqui,
    e seus textos são MUITO criativos.
    Estou te seguindo, e irei te indicar no meu blog *--* ♥

    http://thayshafer.blogspot.com/

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  12. oiie parabéns blog lindoo amr.
    seguindo, segue lá ?
    www.justbabih21.blogspot.com

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  13. Oii, amei sei blog!!
    e tipo, onde fez essa "decoração?"
    to querendo uma legal pro meu *-*
    se puder me ajudar.. manda uma e-mail ou sei la..
    suzisca_vz@hotmail.com

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  14. ahh nem li tuudo.. mas o poko q eu li eu gostei bastante..
    seguindoo..
    http://the-blog-teenager.blogspot.com/2010/12/se-cada-um-de-nos.html

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  15. OOW! Que trágico. (o.O)
    Mas perfeito. Eu achava que não, mas o amor, ao mesmo tempo que desperta o seu melhor eu.. tem o mesmo poder e intensidade pra revelar o seu pior. =/
    beeijos. adorei o conto.

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  16. Oi! Venho por meio dos comentário pedir para que participe do concurso: Happy End 2010.
    O link é: http://primeiro-livro.blogspot.com/p/concurso-happy-end-2010.html
    Contamos com sua participação!
    Ah, e para os vencedores que ficarem em primeiro, segundo ou terceiro lugar, daremos prêmios! Vê lá se quer partipar? :D
    E se não quiser... Me ajuda a divulgar?
    Obrigada! E desculpe-me alguma coisa! =)

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  17. assisto sempre essa serie

    http://things-and-things.blogspot.com/

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  18. Sigo este blog!
    Segue o meu??

    oespacoadolescente.blogspot.com.

    Bjks!
    espero sua breve visita!!

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