quarta-feira, 10 de junho de 2009

Uma pequena história de terror

Era uma noite chuvosa. Não, era muito chuvosa, uma tempestade daquelas que parecem que o mundo vai acabar, com direito a raios e trovões, mas eu não me incomodava com isso, estava com o meu casaco com o capuz levantado um par de jeans e o meu all star.

Eu estava correndo, provavelmente para escapar da chuva, daquela ventania toda, mas eu não conseguia encontrar outro motivo para estar correndo, era insana a maneira como eu corria, eu tentei parar, juro que tentei, mas meu corpo não me obedecia, eu estava correndo para algum lugar, ou para alguém.

Comecei a chorar, o que era ridículo, afinal de contas, porque bombas d’água eu estava correndo? Afinal, onde eu estava? Como eu fui parar ali? Eu não me lembrava, minha mente não estava funcionando como deveria, meus pensamentos estavam desordenados, e eu não conseguia nem sequer lembrar meu próprio nome, eu não conseguia lembrar de nada, só de correr, aliás, nem disso eu lembrava, meu corpo fazia isso por mim, sem eu ter o devido controle sobre ele.
A lua estava cheia, o tipo de lua que eu gosto, a lua dos amantes, a lua mais romântica de todas, mas nem isso conseguiu me conter, eu continuava correndo furiosamente, em direção ao desconhecido. E por incrível que pareça eu não ficava cansada, o que era estranho, porque não sou como essas garotas atléticas que dão a volta pela cidade inteira sem ao menos suar, eu sou mais do tipo que dá uma volta na praça perto de casa e já fica morrendo de cansaço, tentando respirar como estivesse se afogando.
Mas eu tinha a impressão que agora eu venceria de qualquer uma daquelas atletas, estava correndo muito rápido, mas rápido até do que eu achava que era capaz de correr, correndo por um objetivo, o qual eu não sabia o que era, mas se eu continuasse correndo daquela maneira, logo eu iria descobrir.Eu tinha certeza disso.
Todas as células do meu corpo estavam trabalhando a mil por hora e eu podia sentir isso, mas mesmo assim, o cansaço não vinha, e eu me sentia mais confiante a cada minuto.Eu estava com medo, não sei do que, mas isso era um fato, o medo estava por toda parte do meu corpo, a adrenalina rolava solta pelas minhas veias, mas eu não estava fugindo de nada, estava indo ao encontro de alguma coisa. E isso me esperava.

A medida que eu corria, os pensamentos iam se formando na minha mente, cada vez mais eu tinha certeza do que estava fazendo, eu estava indo em direção a morte. A minha morte.
As lagrimas cessaram quando eu deduzi isso tudo ficou tão calmo, quando eu descobri que estava indo em direção a minha morte, eu fiquei calma, o medo ainda estava dentro de mim, mas continuei correndo, até mais furiosamente do que antes, eu queria aquilo, eu queria a minha morte. Porque bombas d’água eu queria a minha morte?
Parei de correr abruptamente, não sentia mais necessidade disso, coloquei as mãos no rosto e limpei-o, eu estava totalmente encharcada, mas não importava mesmo, eu iria morrer em poucos minutos, ainda não sabia como, mas sabia que aconteceria.

Ergui meu rosto para ver onde eu estava, e a lua iluminou o casarão muito velho que estava na minha frente. Abri o portão calmamente e sorri, não um sorriso falso, um sorriso verdadeiro, mas nem sei porque estava sorrindo. Fui em direção a porta da velha casa e bati três vezes, ela abriu-se sozinha como naqueles filmes de terror, andei lentamente em direção ao centro do salão e sussurrei:

- Eu estou aqui – quem quer que fosse que estava me esperando poderia me ouvir, eu sabia disso.
E ouviu.

Alguém atrás de mim sussurrou no meu ouvido:
- Está pronta?
- Sim, - minha voz parecia assustadoramente calma, até para mim – eu estou.
Meu coração dava pulos no peito, a adrenalina ainda corria furiosamente pelas minhas veias, minha mente gritou para eu sair correndo, mas meu coração dizia que eu devia ficar, que tudo ia acabar bem. Eu fiquei.

Virei-me lentamente para ver a face do meu assassino, eu ansiava por isso mais do que qualquer outra coisa, até mesmo mais do que a minha vida.
Não senti-me nem um pouco surpresa ao ver quem era.
Fernando estava ali, parado na minha frente, lindo como sempre foi, com os cabelos loiros desarrumados e aqueles olhos azuis me encarando. Ele estava com um sorriso enigmático e os olhos brilhantes.

- Antes que aconteça eu quero que saiba, - sussurrou ele no meu ouvido – eu te amo.
- Eu te amo também – sussurrei de volta.
Ele se abaixou, me segurou pela cintura, roçou os lábios no meu pescoço, me deu um beijo e depois mordeu. A dor foi incrível a maior que eu sofri na minha vida, era como se alguém estivesse perfurando meu pescoço com uma adaga, mas eu me senti bem, eu tinha decidido por aquilo.

Acordei atordoada, com o som do meu despertador.

Sentei na minha cama ainda um pouco grogue, e senti meu corpo arrepiar ao me lembrar do sonho que tive, parecia um tanto macabro agora que eu estava acordada, eu estava totalmente suada.
Saí da minha cama, fui até a janela e abri as cortinas, ainda não tinha amanhecido, e o céu estava chuvoso como no meu sonho.
Deviam ser umas quatro horas da manhã, então resolvi não dormir mais, afinal, eu ia acordar dali a poucos minutos.

Fui tomar meu banho, a coisa que eu mais precisava agora era disso, um banho. Senti cada músculo do meu corpo relaxar lentamente, em poucos minutos estava totalmente relaxada.

Tive que ficar repetindo pra mim mesma a cada minuto do banho: “Trate de se acalmar, Natasha, foi só um sonho”.

Terminado o meu banho voltei para o quarto, vesti a minha farda do colégio, arrumei minha mochila de educação física e fui para a sala. Fiquei assistindo tevê enquanto meus pais não acordavam. O que aliás, não durou muito tempo. Eles logo acordaram se vestiram e fomos embora.

Cheguei cedo ao colégio, ia entrando no mesmo quando ouvi gritarem meu nome.
- Natasha!
Virei-me para ver quem me chamava e não me surpreendi ao ver quem era. Fernando. No momento que o vi, o meu sonho todo fez sentido, não dava mais pra esconder o que eu sentia por aquele novato, eu estava apaixonada por ele. Simples.

- Oi – eu disse com uma voz sonolenta, ainda não tinha acordado direito.
- Oi – ele falou e sorriu, logo seu sorriso desapareceu – você está um caco, o que houve?
- Ah, foi só o meu pesadelo.

16 comentários:

  1. Raah, minha cara amiga, vc está lendo livros de vampiros demais xD.
    Mesmo assim, naum preciso neeem comentar que eu A-M-E-I o texto... né?
    bjsmil minha escritora!

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  2. amei todas as suas postagens!! vc escreve muitoo bem!!!

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  3. ai,ai rayssa -q
    tipo, eu acho que o título não tem nada a ver com a história, mas a história tá perfeita *-*

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  4. Concordo com Letih p. minha prima, estas a ler muitos livros de vampiros... primeiro texto composto por você o qual leio! sem comentários, ou melhor, com os devidos: Perfeito! continues com este dom de escrever! Desejo-te sucesso! Inspira-te e Vá! x}~

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  5. ainh Ra, o seu blog é muito lindo e eu amei o template ^^

    vo te seguir ta?
    depois naum se esquece de passar no meu cantinho

    bjuss ;}

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  6. Adorei o seu blog, adorei suas postagens, vc realmente escreve muito bem! Estou seguindo ...


    BjoSss

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  7. vai se fude! pequena?hahaha

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  8. queria uma pequena histtória para um trabalho de portugues e me vem esta linda e grande história terror e paixão!!! a-m-e-i!!


    luana g. n. são paulo-sp

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  9. gente eu nao sei mais se for verdadera talvez fosse nao um sonho mais sim verdade

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  10. nossa adorei essa historia vc te uma bela imagnção

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  11. nossaaaaa vc e viciada em livros de vampiro neh'
    amei!!!!!! xau!!....

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  12. NOSSA que deprimente, vcê pensou pra isso, ou essa coisa idiota veio naturalmente?

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  13. Legal,amei essa história.A garota tê até o meu nome.

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