quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Heartbreakers

Estou ficando louco, aliás, ela esta me deixando louco. Ela resiste a mim como nenhuma outra fez antes. É uma técnica de tortura. Ela está me torturando, e eu estou ficando cada vez mais louco.
Ela me dá pouco, se rende um pouco. Então quando eu penso que estou quase lá, quando estou prestes a fazê-la se entregar a mim de uma vez por todas. Ela me dá um sorriso diabólico e diz um simples “não vai rolar”. E me deixa sempre querendo mais, sedento pelos lábios dela, pela pele dela. Pela simples presença dela.
Quem diria que seria tão durona. Loba na pele de um cordeiro. Com seus olhos verdes esmeralda, sua pele branca e cabelo sempre em uma trança elaborada. Vestindo sempre uma saia, na medida pra não mostrar nada, mas deixando os caras loucos pra verem.
E eu achando que ela seria fácil. Mais uma na minha cama como todas as outras, afinal, eu tenho 18 anos, tenho o direito de me divertir. Mas ela não deixa, não deixa que eu me divirta com ela. Sempre tão pura, tão casta. Mas eu não desisto, sou um lutador, vou ter essa garota. Eu espero. Finalmente achei uma adversária a altura.
Chiara Jackson
***************
Ele é como todos os outros. Simples e puro instinto. Capaz de tudo para conseguir o que quer e capaz de usar as armas corretas para conseguir.
- Eu te amo, Chiara. – Mente ele olhando bem dentro dos meus olhos.
E como eu sei que ele está mentindo?
Seus olhos não mostram muita coisa, são nada menos que sinceros, já são muito bem treinados. Mas tem uma coisa, lá no fundo, uma centelha de algo que eu sou treinada para reconhecer, mesmo que muito bem disfarçada, como agora, desejo.
Eu gosto dessa parte, onde vejo o que eles querem em seus olhos, e me imploram com os mesmos, sempre querendo mais e eu sempre negando. É o meu estilo próprio de orgasmo. Mostrando como eu posso estraçalhá-los por dentro, assim como eles fazem com muitas de nós.
Aperto meu dedo indicador contra seus lábios. As mentiras que saem da sua boca não importam contra a verdade estampada em seus olhos claros e ao mesmo tempo escuros, ardendo de desejo.
- Calado – Sussurro.
E ele me obedece. Colando seus lábios aos meus de maneira nada suave, quase brutal, eu diria. Ele me encosta na parede me puxando para cima. Não tenho mais onde apoiar meus pés e para não cair acabo enrolando minhas pernas na sua cintura.
Ele vê isso como um sinal para subir ou descer as mãos demais pelo meu corpo, subindo sob minha blusa, direto para o fecho do sutiã, ou para baixo, direto para a minha saia.
Santo Deus, ele parece um polvo.
Por um segundo eu penso em desistir, em ceder pela primeira vez a alguém. Mas então lembro de seus olhos, da chama fervendo por baixo deles desde da primeira vez que nos vimos.
Abro os olhos subitamente e me desenrolo do seu corpo.
Ele olha pra mim ainda perdido em seus próprios sentidos. Um animal em sua essência.
- Não vai rolar.
Garotas cedem, garotos usam e jogam fora. Eu estou só fazendo o contrario, eu os levo ao limite e depois nego e quando estou cansada os jogo fora na lixeira de material não reciclável mais próxima.
Isso para mim é um jogo, presa contra predador, só que nesse caso os papéis são invertidos. Eu sou o predador e eles, a presa. Mas deixo que pensem o contrario.
Viro me preparando para deixá-lo sozinho.
Cade Halles não é adversário para mim, de qualquer maneira.
- Ah, não. Você não vai. – Escuto ele, baixinho. E de repente sinto uma pressão perto do meu cotovelo.
Tento me soltar, mas seu aperto só se restringe mais. Ele me joga contra a parede e segura meus pulsos em cima da minha cabeça.
Ele é 2 vezes mais alto que eu e um milhão de vezes mais forte. Eu sabia que meu jogo era perigoso. Devia ter percebido que ele não sucumbiria mais as minhas vontades e ter terminado com ele há muito tempo. Mas eu queria provar a mim mesma que conseguia levar até o final. Pelo menos dessa vez, por uma questão pessoal.
Cade namorou minha irmã quando ambos tinham 16 anos. E fez com ela o que fez com o resto, usou e jogou fora, deixando os estilhaços para minha família juntar.
Por isso eu comecei tudo isso, por isso eu comecei todo o meu treinamento, por isso deixei tantos garotos na mesma posição de Cade. Comecei por vingança, mas depois gostei. Gostei de me sentir no poder, gostei de acabar com eles.
Será que era isso que Cade sentia quando estraçalhava uma de nós? Eu conseguia entender, esse poder era viciante.
Chuto no único lugar que pode realmente machucar um homem. Ele arfa de dor e me deixa livre de seu aperto.
Só por alguns segundos.
Ele logo se recompõe e puxa meus cabelos.
- Vadia – Sua voz é dura.
Uma silhueta invade o local onde nós estávamos. Sinto esperança crescer dentro de mim.
- Socorro - Eu suplico para o desconhecido.
Em seguida Cade puxa meus cabelos com força e me leva ao chão. Já não vejo mais nada.
- Por favor, acorde. Por favor. – Suplicava uma voz desconhecida.
Gemi, sentindo a dor na minha cabeça.
- Graças a Deus você acordou.
Seu rosto está perto do meu agora, consigo sentir seu hálito de hortelã e ver seus olhos cor do céu.
- Ele machucou você?
Balanço a cabeça em negação, recebendo uma pontada de dor.
- Quem é você? – Consigo encontrar minha voz.
- Derek Malcolm – Responde ele me ajudando a levantar com um sorriso no rosto. – E você é?
Seus olhos, institivamente eu procuro aquilo que sempre aparece. Mas não está lá. A única coisa que vejo são a sua doçura e gigantesca preocupação para comigo.
- Chi-Chiara Jackson – Balbucio – E o Cade?
Seus olhos mostram uma raiva fumegante.
- Aquele imbecil não vai mais te machucar, eu prometo. Nem que para isso eu precise ser seu garda-costas pessoal. Vem, vou te ajudar a andar.
Parece que encontrei um adversário a minha altura. Eu mesma. E o jogo é não se apaixonar.
Olho em seus olhos mais uma vez, nada daquele desejo que todas as outras vezes eu vi.
Não sei se vou resistir, não sei se quero resistir. Não dessa vez. 

Eu sei, eu sei.
Podem me bater que eu estou merecendo.
Nunca mais postei aqui, mas deixem eu me explicar. É o seguinte, a internet hoje em dia está sendo monopolizada por blogs de beleza e tal, acho que não tem mais espaço para um blog como o meu. Assim como vocês podem achar que eu os abandonei eu falo o mesmo sobre vocês. Me sinto abandonada. Pronto, falei. Não vejo mais ninguém por aqui, o blog anda as moscas. Sei lá. Vocês meio que me abandonaram também. Além do mais não vejo mais nenhuma blogueira como eu por aí. Fico meio "será que isso ainda faz sentido, será que não seria melhor abandonar de uma vez por todas?" será mesmo?
Enfim,
Hope you like it,
xoxo,
Gossip Girl Ray

4 comentários:

  1. Então não suma mais, adoro seus textos. haha e me sinto exatamente igual a respeito de se sentir abandonada.

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  2. Tenho um blog também e acredite, você nao está sozinha. Claro que bligs de moda e bekeza fazem maus sucesso, mas não pense nisso, e sim no beneficio que seu blig traz para leitoras. Comecei a escrever um livro, inspirada em um texto seu, por isso te digo para ñ desistir de seu blig, eu amo seus textos.

    Beijos,

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  3. Eu venho aqui desde que eu descobri o seu blog. Na verdade eu gosto tanto daqui... porque me faz lembrar os velhos tempos, quando eu também tinha um blog assim. Bom, esses blogs da moda uma dia irão passar, e o que vai permanecer são os "clássicos" blogs em que garotas escrevem o que sentem em terceira pessoa, como se fosse a história de uma personagem qualquer, inventada, completamente casual.

    Não suma!

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  4. amei seus textos!!! por favor, nao suma! acabei de descobrir o teu blog e gostei muito mas queria saber se tem continuação pra essas historias incriveis!?!
    XOXO

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